Continuação das fotos

bolivia1

continuação das fotos.. Santa Cruz

BOLIVIA2

Ida a Trinidad, capital do Beni.

Uruguai a Argentina

Montevideo até Colonia - Uruguay e começo das fotos de Buenos Aires - Argentina

( vo colocando as fotos e depois organizo tudo )

Fim dessa caminhada

nesse 25 de setembro, retorno ao Brasil, direto às Minas Gerais, onde meu velho me aguarda em Belo Horizonte para irmos a Gov. Valadares.
tive um prolema muito sério em meu fígado, que está derretendo. meu corpo, minha fortaleza, pediu arrêgo, tentei resistir, mas as forças físicas se foram. a vida e seu ventos mudando nossas direçóes. é hora de cuidar da morada.
quando começar a melhorar conto os tantos causos, olhares e sentidos da caminhada feita.
abrazos,
Diogo

Começa a nascer o 1º Encontro Latino-Americano de Estudantes de Letras

Olá Estudantes de Letras de todo o Brasil, e da querida UnB,

Antes explicarei os contextos para chegarmos ao ponto principal do começo do nascimento do 1º Encontro Latino-Americano de Estudantes de Lertras.

Como muitos já sabem, tranquei meu semestre na UnB e me pûs a fazer uma viagem de 7 meses pela América Latina há um mês, no momento estou na Argentina, passei pela Bolivia, Paraguai e Uruguay e pretendo subir todo nosso continente nos próximos 6 meses que ainda tenho.

Quando organizamos o 27º ENEL 2006 UnB, nós membros da Comissáo Organizadora tivemos o sonho de depois do ENEL organizarmos um Encontro Latino-Americano de Estudantes de Letras na UnB, mas isso foi um sonho que sequer levamos a sério, visto toda a dificuldade logística para fazer algo dessa magnitude partindo do Brasil, sem termos nenhum contato, sem entendermos nada da dinâmica do Curso de Letras nos outros países, enfim, essa idéia nunca passou de um sonho grande e louco que lá em 2006 tivemos..

E agora, nós últimos dias que antecederam minha ida ao 5º ENEL Argentino, quando estava na Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires, trocando experiências políticas e informaçóes de todo o tipo com alguns estudantes de letras, a idéia veio lá do fundo com a pergunta, por que náo agora? Visto que em cada país que estou passando estou pesquisando sobre a dinâmica do Movimento Estudantil e sobre como se dá o curso de Letras em cada lugar, pegando contatos e obtendo informaçóes diversas, por que náo aproveitar a viagem e tentar fazer algo nesse sentido...

Daí no pouco tempo que tive antes de ir ao 5º Encuentro Nacional de Estudiantes de Letras, que ocorreu na Universidade de Comahue, agora de 17 a 19 de Setembro em Neuquén ao sul da Argentina, consultei algumas pessoas que foram da CO ENEL 2006 UnB, dentre elas o Artur Antonio e Victor Nunnes, dentre outros estudantes no tempo que deu e botaram muita fé na idéia.

Nós três dias do 5º ENEL Argentino a discussáo sobre a necessidade de nos integrarmos surgiu naturalmente, discutimos em diversos momentos o quanto faz-se urgente superar-se a barreira da língua (o imperialismo que sempre nos impôs que se aprendesse na América Latina o Inglês e náo o Espanhol e Português), as barreiras políticas e culturais que sempre têm colocado o Brasil e seus vizinhos todos uns des costas aos outros, impedindo tantas trocas culturais e políticas que poderiamos estar constantemente inter-cambiando. Fora o momento político único que vivemos hoje na história do nosso continente, de uniáo de lutas, de integraçáo das lutas dos povos por transformaçóes sociais urgentes, pelo fim definitivo do nosso continente como colônia de exploraçáo, Estados Unidos abaixo.

Depois das discussóes, na plenária final do 5º ENEL Argentino, discutimos mais sobre a necessidade de nos integrarmos e foi aprovado por aclamaçáo um indicativo de construírmos juntos, Argentina e Brasil, o 1º Encontro Latino-Americano de Estudantes de Letras, na Universidade de Brasilia, com indicativo de data para Janeiro de 2011.

Passamos uma lista onde os estudantes colocaram seus e-mails e ficamos de criar um grupo de discussáo on-line para iniciarmos as discussóes e tarefas entre Brasil e Argentina.

O ENEL Argentino por estar em seus primeiros anos é muito pequeno comparado com o do Brasil, os estudantes Argentinos ficaram impresionadísimos com o grau de organizaçáo que tem nosso Mov. Estudantil de Letras e os 30 anos de ENEL que temos, nossa estrutura de organizaçáo nacional, a ExNEL, CAs e etc... Em breve compartilharei um texto que escreverei sobre como se dá a organizaçáo do Movimento Estudantil de Letras da Argentina e sobre o ENEL Argentino..

A troca que tivemos nos deixou a todos bem claro que se lograrmos realizar o 1º Encontro Latino-Americano de Estudantes de Letras, nunca mais todos nós veremos nosso curso de letras e nosso continente da mesma maneira.

A integraçáo faz-se urgente. Da minha parte darei minha pequena contribuiçáo a esse processo e deixo aqui um apelo para que todos os estudantes brasileiros, centros acadêmicos, executiva nacional e principalmente os estudantes da UnB acreditem e se disponham a lutar pelo 1º ELAEL. Experiência única para intercambiarmos conhecimentos acadêmicos, literários, lingüísticos, políticos, culturais e eticetára..

Universidades presentes na plenária final do 5º ENEL que deliberou pela realizaçáo do 1º ELAEL:

Universidad de Buenos Aires - UBA
Universidad Nacional de Rosário - UNR
Universidade Nacional de La Plata - UNLP
Universidad Nacional de Comahue - UNC
Universidad Nacional Autonoma de Mexico - UNAM
Universidad Nacional del Centro de Peru - UNCP
Universidade de Brasília - UnB

Abraços de luta,
Diogo Ramalho – Estudante de Letras Español - UnB

Na Estrada

Olá,

estou em Neuquén, ao sul da Argentina perto do Chile, participando do 5º Encuentro Nacional de Estudantes de Letras da Argentina, na Universidad Nacional de Comahue.

As postagens no blog seguem paradas até domingo quando retorno a Buenos Aires..

Ontem conheci a Fábrica Zanón tomada pelos trabalhadores há 8 anos, fábrica sem patráo, foi uma das experiências mais emocionantes de minha vida a história de luta das e dos trabalhadores aqui de Neuquén.. muito a contar, em breve!

hasta luego!
besos
Diogo

A vida para Cortazar

Abaixo compartilho o capítulo 104 do Livro de Júlio Cortazar - Rayuela que lí hoje! Livro miraculoso!

La vida, como un comentario de otra cosa que no alcanzamos, y que está ahí al alcance del salto que no damos.

La vida, un ballet sobre un tema histórico, una historia sobre un hecho vivido, un hecho vivido sobre un hecho real.

La vida, fotografía del número, posesión en las tinieblas (¿mujer, monstruo?), la vida, proxeneta de la muerte, espléndida baraja, tarot de claves olvidadas que unas manos gotosas rebajan a un triste solitario.

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A Vida, como um comentário de outra coisa que náo alcançamos, e que está aí ao alcance do pulo que não damos.

A vida, um balé sobre um tema histórico, uma história sobre um feito vivido, um feito vivido sobre um fato real.

A vida, fotografia do número, posiçáo nas trevas ( mulher, monstro? ), a vida, cafetina da morte, baralho esplendido, tarô de chaves esquecidas que umas máos em gotas abaixam a um triste solitário.

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Traduçáo: Diogo Ramalho

UnB / Por que o DCE náo deve seguir apoiando o REUNI


Segue abaixo um resumo de texto que publiquei hoje no grupo de debates ESTUDANTES UnB sobre o REUNI, com o título "Por que o *DCE UnB náo deve apoiar o REUNI"
*Diretório Central dos Estudantes, que no momento apoia o REUNI e a Reitoria que o está aplicando.

Espero que seja válido para pensar-se no que têm sido feito da educaçáo, visto que o REUNI e toda a Reforma Universitária da qual ele faz parte, foram promovidos através de decretos sem diálogo e que traz sérias transformaçóes que precarizam ainda mais a da educaçáo brasileira.

Os estudantes brasileiros que vêm lutando contra os decretos da Reforma Universitária que como o REUNI, sempre tiveram como bandeira de luta da história do próprio movimento estudantil brasileiro, a universidade pública, gratuíta e de qualidade para toda a sociedade e náo apenas de uma minoria, já o governo entende que precisa escancarar a porta da educaçáo para o setor privado transformando cada vez mais a educaçáo em mercadoria, e no setor público de ensino expandi-lo para gerar números eleitoreiros comprometendo toda a já precária estrutura. É para mim inverter para pior a realidade e aprofundar os abismos entre ricos e pobres, educaçáo com fins neoliberais e náo humanistas, mas enfim.. tem minha opiniáo e um alguns links ao final com bastante informaçóes, além da internet que basta digitar para encontrar opinióes diversas e finalmente ter uma sobre o assunto!!

Voltando ao Blog, tenho muito que escrever sobre a Bolívia, Paraguai, Uruguai, dentre outros assuntos, sem falar da vivência aqui na Argentina que está sendo muito rica culturalmente, mas cada coisa no seu fluir, no momento agora o tema sáo questionamentos sobre a educaçáo brasileira, a idéia deste espaço é ser um difusor e um absorvedor geral! E apesar de enrolado que sou, sairáo textos e imagens diversas! beijos e abraços, Diogo!


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Por que o DCE UnB náo deve apoiar o REUNI

A UnB até 2012 irá dobrar os 30 mil estudantes atuais para 60 mil estudantes em dois anos mais. E para isso prevê a contrataçáo de apenas 550 docentes para dar conta do dobro, ou seja, hoje somos pouco mais de 30 mil e temos quase 1.500 professores, daqui 2 anos seráo 60 mil com apenas 500 professores mais, e sabe-se lá com apenas quantos servidores, e sabe-se-lá com apenas quantos espaços físicos constrídos para essa expansáo.

Os números das metas do decreto do REUNI sáo claros e estabelecem que as mais de 60 Universidades Federais só precisam de 20% mais de recursos do que recebem para a expansáo, e o todo de universidades federais têm até 2015 para conseguir dobrar o número geral de estudantes, sendo que muitas, como a UnB, têm apenas dois anos mais para atingirem essa meta, porque cada universidade fez e teve aprovado um projeto, além da rapidez em dobrar, o REUNI cobra que se baixe a reprovaçáo em 90%. Esse ponto é um dos vários que sáo gravíssimos.
Profesor além de sobrecarregado, sem poder fazer pesquisa, com salas lotadas, ainda terá que aprovar 90% da turma!?

E tem muito mais coisas nefastas que o REUNI traz no seu bojo, pouco visíveis nesse momento inicial da implantaçáo, além do central que é as pergunta que náo quer calar, de como a estrutura defasada das universidades públicas brasileiras dará conta do dobro de alunos sem professores, servidores e infra-estrutura necessários. Há também o fato da UnB por exemplo, ter atingido a liderança nacional entre as universidades na criaçáo de cursos de graduaçáo a distância, mais um decreto da reforma universitária chamado Universidade Aberta - UA, reduzindo ainda mais o papel do profesor, uma educaçáo mercadologica de baixo custo para o estado e que na sua prática coaduna com a filosofia do ser cada vez mais anti-social da nossa contempareneidade, distante nas relaçóes humanas, convivêndo com um computador mais do que com seres humanos, e eticetará e eticetáras de implicaçóes da universidade aberta, outra meta númerica de expansáo que todas as universidades aderidas ao REUNI têm de cumprir.

E claro, entra mais um monte de coisa pois tudo funciona em cadeia, uma coisa está ligada a outra, num ciclo em que as decisóes tomadas sáo a definiçáo dos componentes do ciclo.. Esse ciclo que seguirá girando como um velho moinho de ventos é a nossa castigada, calejada, historicamente analfabeta funcional, neoliberalizada como nunca agora com os decretos da reforma universitária do atual governo que nunca foi de esquerda no assunto, a EDUCAÇÁO Brasileira.

Confira este link do blog do professor da UnB Marcelo Hermes, que apesar deu discordar seriamente políticamente pelo seu posicionamento muitas vezes ultra-direitista e conservador, faz uma analíse muito lúcida apesar de cômica sobre o REUNI, que vale muito apena ver!


Links mais:
.: Dossiê REUNI - ANDES
.: Andes - UFSM
.: Informe ANDES Online Nº 17- 25/5/07: Desenvolvimento da educação de Lula é por decreto
.: REUNI: heteronomia e precarização da universidade e do trabalho docente
.: Boletim da ADUnB Online Nº 17 - 10/8/07: REUNI: a reforma universitária por decreto

Abrazos de luta contra os ataques a educaçáo.
Diogo - Estudante de Letras Espanhol
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De Honduras

Pessoal,

recebi um video do seu lelê teles muito bom, vindo de honduras, disfrutem um pouco da conciência de um povo estampado nas suas crianças.




Criança de dez anos dá aula de bolivarianismo em ato contra os golpistas de Honduras.

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fonte de dissipaçáo do conteúdo: Seu Lelê
blog do Lelê Teles:
http://fastosenefastos.blogspot.com/

Blog de poesias:
http://blogdoleleteles.blogspot.com/

Fotos

Neste link, todas as fotos estão sendo adicionadas!!!!!!

beijos, Diogo!

UnB / Ocupaçáo e Luta para Além da FA - A hora e a vez de José u Reuni

Olá estudantes,

Gostaria antes de mais nada parabenizar e saudar a luta travada entre o movimento estudantil da FA e o REUNI na sua aplicaçáo prática, o pós decreto sendo digerido na prática, o que là atraz em 2007 e 2008 resultou em ocupaçóes de mais de 30 reitorias em todo o país, o alerta do movimento estudantil brasileiro combativo que milita por fora da governamental UNE, de que o REUNI ( Reestruturação e Expansão das Universidades Federais ) iria super inchar o serviço de educaçáo superior público sem garantir contrataçáo de professores nem infra-estrtura.

Hoje a realidade ao qual iráo se deparar os estudantes de Direito já é uma realidade sentida na pele há muito tempo por vários cursos, como o curso de Letras, maior curso da UnB em número de estudantes, maior prestador de serviços e de disciplinas a todos os cursos da unb, décadas de descaso e sucateamento geral para com o curso, um dos primeiros cursos da UnB inclusive.

No último Conselho do Instituto de Letras que tivemos do semestre passado, tratamos mais uma vez sobre o REUNI e mais uma vez vários desabafos de professores que estáo completamente saturados, professores com 8 turmas, trabalhando 15 horas por dia, professora chorando no conselho porque se vê em condiçóes as vezes de que ou trabalha o dia todo e segue sua consciência ou deixa que seus alunos náo tenham professor.. Náo hà mais tempo para pesquisa para muitos professores do Instituto de Letras, estes estáo com cada vez mais turmas e mais cheias, uma profesora conselheira disse inclusive que as turmas náo param de aumentar em números, tendo hoje vàrias turmas que antes eram de 20 alunos e hoje sáo de 70.

Essa é a conhecida proposta do Decreto de 24 de abril de 2007 – REUNI que como o PROUNI
veio mercantilizar e neoliberalizar ainda mais a educaçáo privada, o REUNI veio para que às pressas se façam números, insuportáveis para qualquer tentativa de pelo menos manutençáo da já sucateada estrutura da educaçáo superior pública, números que sáo fundamentais para a eleiçáo de 2010.

Estamos diante do caos, a UnB segundo o pròprio Reitor Zè Geraldo quer ter 30 mil alunos mais, o dobro do que têm, em 2 anos.. E a estrutura? E os professores? Isso vêm depois talvez um dia, enquanto isso reformamos uma ou outra coisa, e se ajeitem, morem como der lá naquele CEU ( Casa do estudante universitário ) ajeitado com escoras pra num cair, e se apertem nas salas, e os professores se ajeitem também para darem aula dia e noite, que o importante é que tà pingando alguma migalha que garantam nossos continuísmos nus reitorados, eu rei sou amigo do rei, esqueçam quê eu disse.

O problema é geral e quem dêra nós tivessemos hoje o DCE da UnB independente da Reitoria, estariam ocorrendo diversas lutas, ocupaçóes se preciso, o REUNI estaria em profunda discussáo pela comunidade universitària, o congresso estatuinte paritàrio ( que o Rei-tor havia esquecido e uns estudante da tal de CEU tiveram que chegar por lá para lembrá-lo ) jà estaria ocorrendo, o rei-tor que traíu as bandeiras de luta do segmento que o elegeu náo teria tempo para esquecer das promessas.

Muita força para a resistência ao REUNI travada pelos os e as estudantes da FA de polìtica, direito e relaçóes, e que essa luta, com o DCE de preferência porque é a entidade histórica dos e das estudantes da UnB, ou sem o DCE caso se mantenha na linha de lá ou no meio da linha, estarei torcendo para que o movimento estudantil da UnB se una em açóes de resistência e de forçar o diàlogo sobre a implantaçáo do REUNI.

Quanto à SECOM náo podemos esperar nada de diferente, ela é institucionalmente uma secretaria do reitor, sem nenhuma independência institucional, algo que só poderia estar começando a ser pensado e discutido sobre como mudar esse caráter de agência especializada à serviço dô, se houvesse vontade política dô atual reitor, provado e explicitado que ele gosta dela assim, do seu jeito, e que o tal "gestáo compartilhada" se passa longe da UnB, passa mais longe ainda da sua agência de comunicaçáo.

De buenos aires, torcendo por vitórias!
Diogo Ramalho – Estudante de Letras Español trancado
Conselheiro representante dos discentes no Conselho do Instituto de Letras de 2008 a meio de 2009.

Julio Cortaza - Rayuela

Compartilho com vocês esse capítulo em especial do Julio Cortaza em seu livro "O jogo de amarelinha" - Rayuela.
Esse capítulo me cutucou a reflexóes diversas e sublinhei em negrito algumas passagens que mais me chamaram a atençáo.
Tá em español mas tá fácil de ler, tente sentir as palavras.
abrazos,
Diogo

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Rayuela: Capítulo 71 – Julio Cortázar

¿Qué es en el fondo esa historia de encontrar un reino milenario, un edén, un otro mundo? Todo lo que se escribe en estos tiempos y que vale la pena leer está orientado hacia la nostalgia. Complejo de la Arcadia, retorno al gran útero, back to Adam, le bon sauvage (y van…), Paraíso perdido, perdido por buscarte, yo, sin luz para siempre… Y dale con las islas (cf. Musil) o con los gurús (si se tiene plata para el avión Paris-Bombay) o simplemente agarrando una tacita de café y mirándola por todos lados, no ya como una taza sino como un testimonio de la inmensa burrada en que estamos metidos todos, creer que ese objeto es nada mas que una tacita de café cuando el mas idiota de los periodistas encargados de resumirnos los quanta, Planck y Heisenberg, se mate explicándonos a tres columnas que todo vibra y tiembla y está como un gato a la espera de dar el enorme salto de hidrógeno o de cobalto que nos va a dejar a todos con las patas pare arriba. Grosero modo de expresarse, realmente.

La tacita de café es blanca, el buen salvaje es marrón, Planck era un alemán formidable. Detrás de todo eso (siempre es detrás, hay que convencerse de que es la idea clave del pensamiento moderno) el Paraíso, el otro mundo, la inocencia hollada que oscuramente se busca llorando, la sierra de Hurqalya. De una manera u otra todos la buscan, todos quieren abrir la puerta pare ir a jugar. Y no por el Edén, no tanto por el Edén en si, sino solamente por dejar a la espalda los aviones a chorro, la cara de Nikita o de Dwight o de Charles o de Francisco, el despertar a campanilla, el ajustarse a termómetro y ventosa, la jubilación a patadas en el culo (cuarenta años de fruncir el baste pare que duela menos, pero lo mismo duele, lo mismo la punta del zapato entra cada vez un poco mas, a cada patada desfonda un momentito mas el pobre culo del cajero o del subteniente o del profesor de literatura o de la enfermera), y decíamos que el homo sapiens no busca la puerta para entrar en el reino milenario (aunque no estaría nada mal, nada mal realmente) sino solamente para poder cerrarla a su espalda y menear el culo como un perro contento sabiendo que el zapato de la puta vida se quedo atrás, reventándose contra la puerta cerrada, y que se puede ir aflojando con un suspiro el pobre botón del culo, enderezarse y empezar a caminar entre las florcitas del jardín y sentarse a mirar una nube nada mas que cinco mil años, o veinte mil si es posible y si nadie se enoja y si hay una chance de quedarse en el jardín mirando las florcitas.

De cuando en cuando entre la legión de los que andan con el culo a cuatro manos hay alguno que no solamente quisiera cerrar la puerta para protegerse de las patadas de las tres dimensiones tradicionales, sin contar las que vienen de las categorías del entendimiento, del mas que podrido principio de razón suficiente y otras pajolerias infinitas, sino que además estos sujetos creen con otros locos que no estamos en el mundo, que nuestros gigantes padres nos han metido en un corso a contramano del que habrá que salir si no se quiere acabar en una estatua ecuestre o convertido en abuelo ejemplar, y que nada esta perdido si se tiene por fin el valor de proclamar que todo esta perdido y que hay que empezar de nuevo como los famosos obreros que en 1907 se dieron cuenta una mañana de agosto de que el túnel del Monte Brasco estaba mal enfilado y que acabarían saliendo a mas de quince metros del túnel que excavaban los obreros yugoslavos viniendo de Dublivna. ¿Qué hicieron los famosos obreros? Los famosos obreros dejaron como estaba su túnel, salieron a la superficie, y después de varios días y noches de deliberaron en diversas cantinas del Piemonte, empezaron a excavar por su cuenta y riesgo en otra parte del Brasco, y siguieron adelante sin preocuparse de los obreros yugoslavos, llegando después de cuatro meses y cinco días a la parte sur de Dublivna, con no poca sorpresa de un maestro de escuela jubilado que los vio aparecer a la altura del cuarto de baño de su casa. Ejemplo loable que hubieran debido seguir los obreros de Dublivna (aunque preciso es reconocer que los famosos obreros no les habían comunicado sus intenciones) en vez de obstinarse en empalmar con un tunel inexistente, como es el caso de tantos poetas asomados con mas de medio cuerpo a la ventana de la sale de estar, a altas horas de la noche.

Y así uno puede reírse, y creer que no esta hablando en serio, pero si se esta hablando en serio, la risa ella sola ha cavado mas túneles útiles que todas las lágrimas de la tierra, aunque mal les sepa a los cogotudos empecinados en creer que Melpómene es mas fecunda que Queen Mab. De una vez por todas seria bueno ponernos de desacuerdo en esta materia. Hay quizá una salida, pero esa salida debería ser una entrada. Hay quizá un reino milenario, pero no es escapando de una carga enemiga que se tome por asalto una fortaleza. Hasta ahora este siglo se escape de montones de cosas, busca las puertas y a veces las desfonda. Lo que ocurre después no se sabe, algunos habrán alcanzado a ver y han perecido, borrados instantáneamente por el gran olvido negro, otros se han conformado con el escape chico, la casita en las afueras, la especializaci6n literaria o científica, el turismo. Se planifican los escapes, se los tecnologiza, se los arma con el Modulor o con la Regla de Nylon. Hay imbéciles que siguen creyendo que la borrachera puede ser un metodo, o la mescaline o la homosexualidad, cualquier cosa magnifica o inane en sí pero estúpidamente exaltada a sistema, a llave del reino. Puede ser que haya otro mundo dentro de este, pero no lo encontraremos recortando su silueta en el tumulto fabuloso de los diez y las vidas, no lo encontraremos ni en la atrofia ni en la hipertrofia. Ese mundo no existe, hay que crearlo como el fénix. Ese mundo existe en este, pero como el agua existe en el oxigeno y el hidrogeno, o como en las paginas 78, 457, 3, 271, 688, 75 y 456 del diccionario de la Academia Española esta lo necesario pare escribir un cierto endecasílabo de Garcilaso. Digamos que el mundo es una figure, hay que leerla. Por leerla entendamos generarla. ¿A quién le importa un diccionario por el diccionario mismo? Si de delicadas alquimias, osmosis y mezclas de simples surge por fin Beatriz a orillas del río, ¿cómo no sospechar maravilladamente lo que a su vez podría nacer de ella? Que inútil tarea la del hombre, peluquero de si mismo, repitiendo hasta la nausea el recorte quincenal, tendiendo la misma mesa, rehaciendo la misma cosa, comprando el mismo diario, aplicando los mismos principios a las mismas coyunturas. Puede ser que haya un reino milenario, pero si alguna vez llegamos a el, si somos el, ya no se llamara así. Hasta no quitarle al tiempo su látigo de historia, hasta no acabar con la hinchazón de tantos hasta, seguiremos tomando la belleza por un fin, la paz por un desideratum, siempre de este lado de la puerta donde en realidad no siempre se esta mal, donde mucha gente encuentra una vida satisfactoria, perfumes agradables, buenos sueldos, literatura de alta calidad, sonido estereofónico, y por qué entonces inquietarse si probablemente el mundo es finito, la historia se acerca al punto optimo, la raza humana sale de la edad media pare ingresar en la era cibernética. Tout va tres bien, madame la Marquise, tout va tres bien, tout va tres bien.

Por lo demás hay que ser imbécil, hay que ser poeta, hay que estar en la luna de Valencia para perder mas de cinco minutos con estas nostalgias perfectamente liquidables a corto plazo. Cada reunión de gerentes internacionales, de hombres-de-ciencia, cada nuevo satélite artificial, hormona o reactor atómico aplastan un poco mas estas falaces esperanzas. E1 reino será de material plástico, es un hecho. Y no que el mundo haya de convertirse en una pesadilla orwelliana o huxleyana; será mucho peor, sera un mundo delicioso, a la medida de sus habitantes, sin ningún mosquito, sin ningún analfabeto, con gallinas de enorme tamaño y probablemente dieciocho patas, exquisitas todas ellas, con cuartos de baño telecomandados, agua de distintos colores según el día de la semana, una delicada atención del servicio nacional de higiene, con televisión en cada cuarto, por ejemplo grandes paisajes tropicales pare los habitantes del Reijavik, vistas de igloos pare los de La Habana, compensaciones sutiles que conformaran sodas las rebeldías, etcétera.

Es decir un mundo satisfactorio pare gentes razonables.

¿Y quedará en él alguien, uno solo, que no sea razonable?

En algún rincón, un vestigio del reino olvidado. En alguna muerte violenta, el castigo por haberse acordado del reino. En alguna risa, en alguna lagrima, la sobrevivencia del reino. En el fondo no parece que el hombre acabe por matar al hombre. Se le va a escapar, le va a agarrar el timón de la maquina electrónica, del cohete sideral, le va a hacer una zancadilla y después que le echen un galgo. Se puede matar todo menos la nostalgia del reino, la llevamos en el color de los ojos, en cada amor, en todo lo que profundamente atormenta y desata y engaña. Wishful thinking, quizá; pero esa es otra definición posible del bípedo implume.

Hip Hop de Bolívia

Abaixo compartilho com vocês entrevista que li no Jornal Resumen LatinoAmericano, sobre o grupo músical Ukamau Y Ke, que mescla no Hip Hop vários estilos e culturas folclóricas da Bolívia. Para escutar suas músicas visite - http://es.hipzoma.com/fichas.jsp?id=17
Os Ukamau Y Ke sáo de El Alto, cidade a 4 mil metros de altura, maior conglomoredo urbano da Bolívia com quase 900 mil habitantes, sede da guerra do gás, dentre outros momento decisivos protagonizados alí. Trazem muito em suas cançóes da história recente de lutas do povo da Bolívia. Abrazos revolucionários, Diogo.

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"USAR O QUE O IMPÉRIO NOS DÁ, COMO UM INSTRUMENTO DE LUTA"

“Nós queremos fazer nossa gente se sentir orgulhosa, o quechua, o guarayo, o guarani, o aymara, o colla, porque sempre estiveram apagados. Recuperar essa cultura através da música é nosso objetivo.” Abraham Bohorquez de 25 anos, morador de El Alto e membro da banda falecido em maio deste ano, nos conta ( em julho de 2007 para o Jornal Prensa de Frente ) de que maneira o racismo imperante na Bolivia foi impacatado pelo atual processo de mudança, as lutas, a chegada ao poder de um indígena.

Para começar, nos conte como nasceu o Klan Waynarap.

Somos um forte grupo de jovens envolvidos com a mùsica de arte urbana das ruas, montando poesias com um conteúdo mais social, náo apenas de protesto como também com propostas, que tem amadurecido a partir de 2003 aqui em El Alto. Muita gente tem tomado consciència depois da grande matança de outubro, e com a saída de Gonzalo Sanches de Lozada. Temos conseguido montar um Klàn, com jovens de La Paz, Oruro, Potosí, Cochabamba que hoje se forma o Waynarap. Dessa uniào surgem diferentes bandas. Eu integro Ukamanu y Ke, uma expressáo aymara que significa "Es así y qué”.

Qual é o objetivo das bandas?

A música nos tem ensinado a valorizar a mensagem, por que as pessoas te escutam. Tudo isso tem sido como uma escola. Temos passado pobreza, falta de dinheiro. E a música foi o ponto de ligaçáo. Usar o de fora, o que o império nos impóe como um instrumento de luta, dando a volta, jogando com seus mesmo jogos. Ao mesmo tempo chegar a muitos jovens para conscientizar já que muitos dizem que o Hip-Hop está na moda, agarrar essa moda, porém pelo outro lado. Existem os MCs, Breakers, participando do processo de mudança que está vivendo o país.

Vocês tem conseguido gravar as músicas?

É complicado gravar porque é muito caro, porém por sorte alguns amigos conseguiram comprar um computador, e daí conseguimos fazer algo que da-se para escutar. Ajudamos-nos, um começa a criar com um rítmo que se passa a outro, e assim vamos juntando tudo. Sobretudo nas ruas. E assim fomos crescendo.

Em que os jovens sáo mais afetados pela cultura dominante?

Os jovens muitas vezes náo se dáo conta. Vivemos enganados com isso de “os jovens sáo o futuro da Bolívia”, imagine!!!, agora sou jovem, no futuro já serei velho. Agora é quando tenho que participar!. Enquanto haja injustiça, enquanto exista pobreza vamos seguir esculpindo verdades com poesias. Ainda que nos doa. É a realidade, náo podemos cantar sobre sexo e álcool todo dia, existe muito mais que isso. Eu tenho um dito que é diz: hoje em dia apareceram muitos muitos novos talentos, mas que só cantam sobre alcool e sexo, porém lamentavelmente, se esqueceram dos nossos mortos. Daquela gente que luta por igualdade, dessa gente que luta porque esta sobrevivendo na pobreza, náo apenas na Bolívia mas como no mundo inteiro, e nunca sáo mostrados, sempre nos mostram a cara bonita.

O que foi mudado nessa realidade nos últimos anos?

Muito, te conto. No mesmo colégio, si você estudasse em La Paz, quando dizia que vivia em El Alto, te diziam Uhhhh!, aí só existem marginais, só camponês e indio!. Te perguntavam “E sua máe de onde é? E quando respondia “Minha máe é de pollera” “Uhhh!” “Sua máe é campesina”. E muitos jovens ocultavam isso e diziam que viviam na Buenos Aires ou na La Garita ( ruas de La Paz ), para evitar esse racismo. Hoje em dia estamos rompendo com isso. Minha máe é aymara e agora me fala em seu idioma, e estou muito orgulhoso disso. E as vezes eu náo a posso responder, porque náo me ensinaram na escola a falar aymara, ensinaram-me somente espanhol, e minha familia acreditava que o bom era falar espanhol, para que eu náo me sentisse humilhado por essas coisas. Porém hoje em dia, olhando por outro lado nos damos conta que as coisas náo sáo assim. Que é melhor manter essas etnias vivas, que somos o produto disso e que têm nascido algo para sentirmos-nos orgulhosos, do processo de mudança e até mesmo com o próprio presidente. Muita gente têm esperanças porque dizem que chegou ao poder um dos nossos, alguém de baixo.
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Traduçáo: Diogo Raimundo Ramalho – Estudante de Letras Espanhol da Universidade de Brasília – UnB Fonte: Jornal Resumen Latinoamericano - www.resumenlatinoamericano.org ediçáo Agosto a Setembro de 2009. Entrevista feita em 2007 pelo jornal Prensa de Frente.

Primeiros passos na Bolívia - O Trem - Santa Cruz

De 20 de Agosto a 21 de Agosto - A entrada na Bolívia, um pouco do famoso trem da morte e Santa Cruz de La Sierra.
Depois do longo processo ¨psico-propina¨ ( ler post Brasil-Bolívia - Propina para passar ) passado na fronteira, eu e os capixabas Di e Modis caminhamos até a esquina da longa rua que dá para a estaçáo ferroviária de Puerto Quijano e tomamos um taxi que de início nos cobrou 10 reais e ao final depois da negociaçáo nos levou por 1 real cada, uma moedinha de cada um. Um real na Bolivia equivale a 3,50 Bolìvianos, 1 dólar equivale a 7,00 B$. Alías, é quase que uma dinämica geral aqui pelos países da américa do sul, o dólar compra geralmente três vezes mais coisas no países, e o real compra o dobro, nossa moeda Real tá no meio, e no topo o Euro.
Na estaçáo náo havia mais passagem para o tradicional trem da morte, só havia para o trem intermediário, mais para turistas, o trem da morte é assim apelidado porque é um trem muito antigo, possui passagens extremamente baratas, cadeiras retas, seres viventes diversos de todas as espécies abarrotado de gente e a idade dos vagóes junto com as péssimas condiçóes da linha ferrea, corroboraram para esse histórico apelido de trem da morte. Mas mesmo o trem da morte tem melhorado, e o pròprio vendedor do guichë coloca os turistas nesse segundo trem, o que fomos, que é um pouco menos velho.

Eu andei no trem da morte em 02 de Janeiro de 2008, primeira viagem que fazia para fora do país e pela Bolívia, cheguei na fronteira três dias antes e perdi o último trem junto com um casal de amigos de Brasília que pegaram o último trem do ano e eu fiquei esperando a amiga Thaísa do Mato Grosso que de última hora disse que também iria viajar pela Bolívia e que pediu que a esperasse na fronteira, daí eu e Thaisa conhecemos na última noite do ano em Puerto Quijaro o trio de estudantes pollos do Rio de Janeiro, Lucas, Luisa e André, que também estavam entrando na Bolívia e que iriam até Machu Pichu no Peru, e para nós 5 náo passarmos o reveion em Puerto Quijaro fomos de önibus até Roboré, cidade que batemos o olho no mapa e falamos, é aí que vamos passar a virada. Chegamos ao povoado de Roboré faltando 4 horas para a virada do ano, reveion marcante, com outros 3 hipies que conhecemos, um da africa do sul, o outro brasileiro e um argentino, que pedalavam pelo continente.. No outro dia acordamos e conhecemos uma natureza maravilhosa e muito conservada, dentro da àrea do exército da Bolìvia e dos pernilongos que moravam num trajeto no meio da caminhada e que avançavam em conjunto sobre os que alí passavam. Daì de Roboré para Santa Cruz fomos de trem da morte.
Assim como o trem da morte, o trem dessa viagem nos levava como um önibus, as vezes passando por buracos e lombadas, e outras vezes como um cavalo pisando macio num ritmo quase musical da subida e descida na velha e má conservada estrada de ferro, toda torta. Ambas passagens saem bem baratas, no trem da morte de Puerto Quijaro até Santa Cruz de la Sierra a passagem saí entre 40 a 80 pesos bolivianos ( entre 10 a 25 reais ) e no trem mais ou menos pagamos dessa vez 130 Bolivianos ( 35 reais ) para viajar 16 horas, 640 Kms.



foto do trem intermediário:



Foto do interior do trem da morte:


O trem Oriental, como é chamado, foi privatizado em 1995 junto a grande onda de privatizaçóes que varreu náo só a Bolívia mas como todos os países da América Latina, como as ditaduras que também foram gerais, promovidas pelos EUA. A privatizaçáo fez com que os serviços já ruins pela pobreza da Bolívia piorassem ainda mais. Porém atualmente com o governo Evo o trem tem melhorado nos últimos 4 anos. Mas nada tira o brilho da viagem que é extremamente agradável, uma janelona e no cenário além de pastos muitas áreas náo devastadas, borboletas de todas as cores, o trem para o tempo todo, entram várias cholas ( as índias bolivianas ) passam nos vagóes vendendo desde frango com batata e arroz a pasteis e gelatinas. As vozes marcam para sempre o viajante ¨Thintia Fria, limonada fria, Uñapé ( páo de queijo ), dentre outros sonoros sons que avisam de várias comidas passando. A noite os vagóes dormem, puxados noite adentro com os sons e os balanços da ferrovia, as gentes todas sonhando.


Logo pela manhá começa a chegar aos arredores da Capital do Departamento de Santa Cruz, Santa Cruz de La Sierra. Ás 09 da manhá eis que surge a táo esperada Santa Cruz, berço da direita bolíviana, maior estado em território, centro financeiro da Bolívia, como uma Sáo Paulo se comporararmos proporcionalmente.


Apesar das suas caratéricas político-ecnomömicas peculiares concentrando a grande elite latifundiária do país e uma grande classe média, seu povo é trabalhador e te recebe muito bem, a cidade é circundada por anéis, o primeiro anel circunda o centro que tem como centro a praça central onde encontra-se a igreja, a prefeitura, bancos e o comitê civico, além de comércios, esse modelo de praça com igreja, política e banco alís está presente na maioria das cidades e povados bolivianos e em todas as 9 capitais do País. Santa cruz náo conta com grandes atraçóes turísticas naturais, tem como atraçáo principal os monumentos que cercam o centro. Os anéis que circundam Santa Cruz sáo 5, e a medida que se afasta do centro a surge a enorme Santa Cruz com suas enormes periferias. Conheci algumas dessas periferias, é uma Santa Cruz completamente aparte do bonito maquiado Centro da Cidade.


É uma cidade gostosa de ficar, o povo pratica muitos esportes, trabalha muito e tem opçóes de comidas diversas além da tradiconal sopa de entrada, frango, arroz e batata da Bolìvia, existe até um Restaurante Brasileiro no Centro de Santa Cruz, chamado Rincon Brasileiro. É a oportunidade de se despedir da comida brasileira comendo um feijáo, arroz, carne, salada, é a despedida gastronomica, daí para frente esqueça feijáo e etc. O restaurante é um self-service, outra coisa que você náo vai encontrar Bolívia a frente, o preço do kilo é um pouco salgado, 55 Bolívianos, o equivalente a 17 reais, mas vale a pena a despedida no restaurante brasileiro, você se sente como no Brasil, e alìas, o restaurante é muito frequentado pelos brasileiros que vivem em Santa Cruz. Muitos jovens brasileiros e brasileiras vivem hoje em Santa Cruz para fazerem Medicina, um curso de Medicina em Santa Cruz saí por 190 Doláres mensal, menos de 400 reais, o grande problema é que náo poderáo exercer a profissáo no Brasil, pois náo ha reconhecimento do diploma.


Deixo indicado o Alojamiento San Miguel, 3 cuadras a esquerda do terminal e mais 4 a direita e 1 a esquerda, das 5 vezes que passei por Santa Cruz alí me hospedei 4 vezes, é de um senhor e uma senhora que possuem vários gatos e sáo bem sérios e mais ou menos gentis, mas te recebem muito bem, e o melhor é diária, um quarto com 3 camas saí por 15 bolivianos (4 reais), o banho é frio mas Santa Cruz faz calor a maior parte do ano, tanto o clima quanto a vegetaçáo sáo bem Brasil ainda. O banho frio nem é táo frio e faz um bem danado, o alojamiento é a casa do casal, tem bastantes flores é bem limpinho e muito bem cuidado.

Voltando a viagem de trem até Santa Cruz, eu e os dois capixabas pegamos o Trem em Puerto Quijarro ás 16.30h, a viagem foi muito tranquila, conhecemos outros brasileiros que estudam em Santa Cruz, o Di foi sentado com um bolìviano chamado Marcos muito gente fina e que trocaram muitas idéias, o Modis foi sentado com uma Boliviana e ficou brincando com ela pedindo o endereço em Santa Cruz para irmos dormir na casa dela, e ao meu lado foi uma senhora Bolíviana que parecia triste e angustiada com algo, trocamos palavras básicas, ´permiso, perdón, gracias´. Eu dormi na primeira hoja da viagem, vinha a duas noites durmidas em önibus de Brasília até alí, as 02 da manhá acordei, o trem inteiro dormia, passei umas 2 horas acordado, no meio do trem vendo as estrela com seus brilhos fortes no céu e depois sentado ouvindo os sons dos sonhos das pessoas.

Logo que acordei umas 6 da manhá já passava um senhor vendendo cafezinho, 3 bolivianos o copo cheio de café, esse cafézinho é tradiçáo tomá-lo, recomendo. Em duas horas chegamos a Santa Cruz, despedimos dos amigos todos que fizemos, tiramos foto, e levei os rapazes para o Alojaminto San Miguel.


Lá chegando pagamos cada um os 15 Bolívianos da diária, tomamos banho e da chegada no alojamento ao processo do banho mudamos todos os rumos. Pensavamos em ficar todos naquela sexta-feira em Santa Cruz e tomarmos nossos rumos no sábado, eu inicialmente pensava em ir logo para uma cidade perto da fronteira com o Paraguai e conhecer mais desse outro cantinho do Sul da Bolívia que náo conhecia, e os dois pensavam em ir no Sábado para Sucre. Eu num processo de uma hora de reflexáo pensei, porque náo ir para Trinidad, capital que ainda náo conheço do Departamento de Benni, que sempre que quis ir a estrada estava com algum bloqueio..... é isso, me decidi, me vou a Trinidad hoje sexta, já conheço Santa Cruz bem, me vou.. E os dois tomaram também a decisáo de irem naquele mesmo dia porque caucularam bem e viram que o pequeno tempo que o Modis tinha de 15 dias para percorrer a Bolívia, o Sallar de Yuuni, e o Peru estava estrangulado já.. E daí decidimos todos tomarmos nossos rumos naquele mesmo dia, voltamos ao terminal, eles compraram a passagem para 17:00h rumo a Sucre, capital constitucional da Bolívia, a minha passagem quando fui comprar me disseram que tinha bloqueio na estrada por protestos e que nenhuma empresa estava vendendo para Trinidad naquele dia, procurei melhor e encontrei uma empresa que me garantiu que mesmo com o bloqueio iria fazer o viagem, parando antes do bloqueio, os passageiros descendo e caminhando até outro önibus depois do bloqueio dos manifestantes, isso de madrugada. Eu topei, a passagem de 60 Bolívianos consegui por 40$B ( cerca de 14 reais ) 600 Km pela frente, passagem comprada para as 20:30h com previsáo de chegada as 06:00h da manhá.

Daí a chegada a Trinidad com o sol nascendo e as motos saíndo pra andar, eu contei no post Trinidad, a cidade das motos que náo sabiam parar, que inclusive agora farei uma revisáo, pois o escrevi no meio da viagem numa correria danada.

Próximo capítulo, a volta de Trinidad para Santa Cruz e a ida para a fronteira Bolívia-Paraguai, cortando o Paraguai duma ponta a outra, chegando a capital Assunçáo!

Senta que evêm história!

Abrazos,
Diogo

Montevideo - Colonia - Argentina

Montevideo

Os dois dias que passei em Montevideo foram bem intensos, a pouco falava com uma amiga por e-mail sobre a relatividade do tempo, realmente o tempo náo se mede pelos minutos e sim pela intensidade dos momentos. No primeiro dia caminhei muito pelas ruas da capital, de uma pontal a outra da grande avenida principal e pelos seus arredores.

O que me estranhou logo de inicio foi a ausência da figura indígena, táo presente na Bolivia, e também na moderna capital do Paraguai. No Uruguay como no Brasil houve o mesmo massacre, talvez atè mais que no Brasil, pois alèm de náo ver um indígena sequer na capital náo tive conhecimento de povos indígenas que vivem no interior do pequeno país. O Uruguay como disse no post anterior é um país bem branco, do tanto que caminhei por alí vi uma ou duas pessoas negras. O frio é intenso e continuo e todo mundo caminha com sua garrafinha de metal com água quente e a cubuquinha de mate, é incrivel, todo mundo carrega seu maté, tem atè maquinas que vendem a 5 pesos uruguayos ( 40 centavos brasileiros ) água quente..

A cultura no Uruguay é muito valorizada, muitos cinemas e muitos teatros estáo espalhados por toda a principal avenida da capital. Na terça-feira assisti por 60 pesos ( 5,70 reais ) a um filme alemáo chamado Nunca è tarde para amar, um filme onde os protagonistas têm em mèdia 80 anos, pinta um amante tambèm vovô na història, uma història triste, muito realista, um filme que vale muito a pena.

Depois do filme fui para o Hotel Central e assisti a TV Uruguaya antes de dormir.. Passava o CQC Argentino, um trio onde no centro quem comanda o barco é uma mulher. Prefiro o CQC brasileiro, risos! O Uruguay se encontra a 50 dias das eleiçóes presidenciais e a disputa está em pleno calor, com denúncias de corrupçáo e todo o jogo político comum da disputa pelo poder, igual em todo canto.

Na quarta-feira abri os olhos pontualmente ás 08:00h da manhá, as 09:30h jà estava caminhando pelas ruas, o primeiro destino foi a Universidade da Repùblica, um monumental prédio na avenida principal que na sua fachada de entrada estendia uma faixa imensa pedindo o fim da ditadura em Honduras e que o povo Hondurenho resita a tirania. A Universidade é muito bonita por dentro e por fora, cada sala tem o nome do professor numa placa de bronze, que ministra as aulas alí, todos de terno, muitos alunos tomando seu chimarráo, todo um cenário de universidade europeia, bastante elitizado todo o cenário. Conheci o Centro Académico de Direito, a única representaçáo estudantil na Universidade, alì conheci um Uruguayo que estuda em um campus ao norte do paìs fronteira com o Brasil, que na conversa vez ou outra tentava ensair um português. Ele me explicou que o Conselho Universitario é formado por 3 estudantes, 3 estudantes formados e o restante tudo professores, náo há representaçáo dos funcionários. A sala do conselho também é belìssima.

Expliquei para ele que no Brasil na maior parte das Universidades públicas os funcionários e estudantes detêm 15% cada segmento das cadeiras nos conselhos e os docentes 70%, mas que uma das bandeiras do estudantes brasileiros é conseguir-se a paridade dos 3 segmentos. Ele me disse que esse tema da paridade tem começado a ser discutido entre os estudantes uruguayos, e me explicou que fora o centro acadêmico existe apenas uma federaçáo estudantil que representa apenas os estudantes da única Universidade Pública do país, a Universida da República, estando os estudantes das particulares sem representaçáo. Trocamos contatos e fiquei de enviar um e-mail para o representante estudantil no conselho para trocarmos mais informaçóes.

Da Universidade segui caminhando e fui de uma ponta a outra do centro novo e do centro velho, chamado de Ciudad Vieja, onde encontra-se o porto, caminhar no frio é muito mas tranquilo, porém os dedinhos mindinhos dos meus pés estáo calejados de tanto caminhar.

Almocei por volta das 14h um peixe frito com batata frita, os Uruguayos náo comem arroz e muito menos feijáo, nem salada, o almoço geralmente è um pedaço de carne, frango ou peixe, com batata ou purê, o que a mim brasileiro é muito estranho, náo ter arroz, feijáo e salada, para eles estranho è comer arroz, risos!

Depois do almoço comprei finalmente, uma ediçáo nova porque náo encontrei usado, por 27 reais, 300 pesos, o RAYUELA do Argentino Julio Cortazar, um livro que hà muito tempo quero ler e que agora prestes a chegar a Argentina náo resisti ao desejo de começar sua leitura. Tomei um café e fui a belìssima biblioteca nacional e passei 4 deliciosas horas alì lendo as primeiras pàginas do labirintico livro. Realmente o livro é tudo o que falam e mais um pouco, uma forma totalmente nova lá em 1973 quando foi lançado, aos dias de hoje, de se fazer literatura.

Às 18h quando saì da Biblioteca Nacional passei por um cinema que anunciava um filme Uruguayo que começaria em 10 minutos, já fui entrando. O filme se chama MAL DIA PARA PESCAR, e demonstrou-me que o cinema Uruguayo está admirável, os Uruguayos sem dúvida tem um apreço imenso pela cultural.

Dalí voltei ao hotel e o amigo uruguayo que recém tinha conhecido me chamou para jogar uma sinuca, em español Pool. As regras da sinuca uruguaya sáo bem diferentes, ao invés do tradicional par ou impar, se joga entre a listrada e as outras, se você erra ao invés de cair uma bola do adversario, você fica duas vezes sem jogar, e no final do jogo, a boca onde mataste a penúltima bola é onde terà de matar a última, se náo perde o jogo, além da mesa que também é diferente. Jogamos uma ao modo uruguayo e depois ensinei ao amigo o tradicional par ou impar brasileiro, estava com sorte, ganhei 5 partidas e perdi 2, brinquei com ele de que assim como no futebol, na sinuca os brasileiros também sáo melhores, ele me lembrou da final da copa do mundo no brasil que o uruguay levou do brasil.. rimos!

Depois da sinuca fui domir, na quinta acordei também as 8 da manhá, saí tranquilo caminhando até a rodoviária, umas 12 quadras, comprei uns postais, um jornal latino-americano muito bom de esquerda chamado Resumen Latino-americano, e passando pela feira internacional do livro que tinha acabo de começar encontrei usado em perfeito estado por apenas 5 reais brasileiros o LAS VENAS ABIERTAS DE AMERICA LATINA, do Uruguayo Eduardo Galeano, outro livro que a muito tempo queria ler e que até aquele momento só tinha encontrado em valores mais altos.

Cheguei na rodoviária 11.27, o önibus para colonia saía as 11.30, paguei 16 reais ( 170 pesos ) pela passagem e me me fui rumo a colonia, cidade que todos os uruguayos me falaram muito bem pela sua exuberante beleza. A viagem durou 2 horas e meia, a paisagem é bem diferente de todas vistas até entáo, toda a vegetaçáo coberta por uma fina graminha verde, muitas vaquinhas, casinhas que parecem casas de brinquedos, vaquinhas preto e brancas deitadas na grama ruminando. Fui lendo as primeiras pàginas do Veias Abertas da América Latina, a introduçáo já me chocou pelo grau de lucidez do autor sobre nosso continente abaixo do imperialismo norte americano, deixo aquí um link para quem se interesar começar lendo a introduçáo.

Chegando em Colonia, aluguei uma motinha tipo uma mobilete por 8 reais uma hora, rodei bastante e constatei a beleza exuberante da costeira cidade, dalí tomei um barco rápido a buenos aires por 42 reais e em uma hora, passando um pouco mal porque o danado do barco balançava muito, sentia-se o estômago descendo e subindo, cheguei depois de 17 dias de viagem, 3 países e cerca de 8 mil KMs percorrridos a Buenos Aires, Argentina!




Aquí atraco-me por um tempo longo, as leituras inicias seráo o Rayuela e o Veias Abertas, as pesquisas seráo diversas, políticas, culturais e etc, desvendar um pouco do povo Argentino.. De inicio deparei-me com uma gigantecas megalopóle, e o assunto principal do momento aquí é o jogo do Brasil e Argentina amanhá, que todos os jornais e TVs náo param de falar, inclusive com contagens regresivas das horas para o clássico, tem-se uma espectiva como de final de copa do mundo, e a nova lei sobre a quebra do monopólio dos grandes meios de comunicaçáo que o governo dos Kirshner's quer aprovar e que a grande mìdia argentina està louca contra.

No próximo capítulo, as primeiras caminhadas por Buenos Aires, e começo a escrever sobre a caminhada pela Bolivia e Paraguai, e claro, as benditas centenas de fotos sacadas pelo caminho!!!

Abrazos,
Diogo

Montevideo

Uruguay,
Depois de 3 dias de viagem, 3 viagens de önibus, 1 de trem do Norte Argentino atè Concordia, e uma pequenininha de barco de Concordia no lado Argentino atè Salto, cidade Uruguaya, eis que cheguei a capital do Uruguay, Motevideo, vindo da capital do Paraguai Assunçáo.

Depois do problema na fronteira do Uruguay com a Argentina, fui dispensado pela policia às 17:00h e sairia önibus de Salto, rumo a Montevideo às 17:30h e às 23:30h, preferi pegar o de 23:30h para economizar com hotel e dormir no önibus, cheguei a Montevideo às 05:23 da manhá, caminhei por mais de uma hora pelo centro da capital em busca de um hotelzinho mais barato, náo encontrava nada, num determinado momento um taxista me disse, vá caminando umas 10 quadras e vai encontrar a avenidade uruguaya e alì vai encontrar alojamientos mais baratos. Quando eu chegava nessa avenida perguntei a um senhor que distribuia um pequeno papelzinho de anuncio de motel e ele me disse que eu náo deveria ir caminando atè a Avenida Uruguaya por ser muito perigosa ainda mais a noite, aí eu disse, mas daqui a pouco vai amanhecer, ele disse, eu náo iria, te aconselho a náo ir, è muito perigoso, daì eu decidi ir com muita precauçáo imaginando que os ladróes 06 horas da manha jà estavam dormindo, e nisso que fui caminhando dois jovens na minha frente se separam, um ficou de um lado da rua e outro nas outra calçada, e eu caminhando no meio, daì desconfiei e tomei outra rua, os dois pararam na esquina e conversaram com outro jovem. Voltei o caminho e sentei por uns 10 minutos em uma praça atè voltar a caminhar de novo rumo a tal avenida por outro caminho.

Daì segui caminhando procurando hosteis e alojamentos, foram quase 2 horas de caminhada pelo centro com a mochilona pesada nas costas atè encontrar um hotel por 25 reais, cidade danada de difícil de encontrar hoteizinhos baratos, hoje procurarei um mais humilde de 15 reais, minha faixa etària de alojamentos e mudarei amanhá, o bom de ter viajar de manhá e chegar pela manhá è isso, vocë ganha mais de um dia em que náo paga o hotel, mas cegar de madrugada ou muito tarde da noite è sempre complicado e perigoso, pois vocë náo sabe nada sobre o lugar que està chegando..

Daì dormi das 07 da manha as 11h, acordei num frio danado, as TVs daqui, da Bolivia e Paraguai informam sempre no canto dos canais a hora e a temperatura, 11:11h da manhá, 09 Graus de temperatura..
O lugar frio meu deus do céu, como esse povo vive num lugar táo frio.. risosss! ( o mesmo deve pensar o povo daqui sobre nosso calor )
Desde cedo estou caminhando pelas ruas da cidade, assim como da Bolivia pro Paraguai muda tudo radicalmente, do Paraguai para o Uruguay mudou tudo radicalmente, a cor da pele das pessoas, o Uruguay è um paìs Branco, praticamente náo vi ainda um só negro por aquí, um país frio, a avenida principal parece um pouco a Avenida Paulista de Sáo Paulo e as ruas e tudo mais parecem um paìs Europeu, arvores sem folhas formam um belo cenàrio de frio.

O español falado aquí é mais similar ao español Argentino, penei muito no Paraguai pois o Español falado no Paraguai é muito misturado ao Guarani, 80% da populaçáo do Paraguai è Guarani Falante, daì desde quando cheguei là e o tempo que passei tive muita dificuldade de entender o español deles, e eles tambèm de entender meu español. Os espanhois mudam muito de paìs para paìs, logo que cruzei a fronteira do Paraguai com a Argentina foi um alívio, voltaram a me entender e eu voltei a entender plenamente o que falavam. Do Paraguai conto as històrias em um capìtulo a parte em breve.

Penso em ficar uns dois dias aquí sentindo Montevideo e ir a Colonia, uma cidade que todos os Uruguayos que cruzei pelo caminho me indicaram. Dalì sigo para Buenos Aires, onde chego possivelmente na sexta-feira, para passar algumas semanas antes de pegar a estrada novamente, descansar, estudar e recarregar as baterias.

Imagreci bastante por causa do ritmo da viagem e da pròpria culinària de cada paìs, na Bolivia sò se come Arroz, Batata e Frango, no Paraguai tambèm isso e Empanadas e Hamburguesas como na Bolivia, aquí no Uruguay tambèm muita hamburguesa, náo aguento mais hamburguesas, que saudade do Arroz e Feijáo Brasileiro, feijáo è coisa rara nos paìses vizinhos ao Brasil. Daì junta-se os habitos alimentares diferentes, às longas caminhadas, as diversas noites dormidas em önibus e trem, junta tudo, uma viagem dessa è um bom regime para quem quer perder uns pesos..
Da saìda de Brasilia no dia 18 atè chegar aquí em Montevideo hoje dia 01 de Setembro foram quase 7 Mil KMs percorridos, num è mole naum, mais è pura intensidade de diversidade, cada fronteira que se cruza è como um Portal ao qual depois de cruzada vocë è transportado para outra realidade totalmente diferente, outros veìculos, outros hábitos culturais, outras formas de enchergar o mundo, outros desmenbramentos miraculosos da espècie humana. Realidades sempre muito distintas apesar da homogeneidade cultural que propóe a globalizaçáo do capitalismo.

Estou terminando a leitura do ªPrimeras Estoriasª do velho Rosa, as palavras alì contidas repletas de sensibilidade ajudaram a preparar meu espìrito, hoje estou comprando o RAYUELA, Jogo de Amarelinha, de JULIO CORTAZA, um dos maiores escritores Argentinos, um clàssico que a muito tempo queria ler, uma preparaçáo para a caminhada entre los hermanos Argentinos!

Mais do Uruguay e vamos cruzar mais um rio, mais uma fronteira rumo ao Enigma Buenos Aires!

Besitos y abracitos,
Diogo