Nasceu a 7º Edição d´ O MIRACULOSO - 51 uma boa idéia

Eis que Nasce neste 21 de Abril, em que comeramos os 51 anos de Brasília, a Edição do Jornal O MIRACULOSO - 51 uma boa idéia

Conteúdo:
  • Editorial – p. 2
  • Distrito Federal: Manifesto bicicletada – Bicicletada DF - p.3 e 4
  • 51 anos uma boa idéia! - Solano Teodoro – p. 5
  • Economia solidária – Alan Pimentel, Maria Pessoa e Camila Valadares – p.6 e 7
  • Violência na escola do Rio de Janeiro. A sociedade é responsável! - Jardel Santana – p.8
  • A pior defesa do patrimônio urbanístico de Brasília – Prof. Frederico Flósculo  – p.8
  • O falso início do governo Agnelo Queiróz – Prof. Frederico Flósculo – p.9
  • Entrevista com o poeta Nicolas Behr – André Shalders e Diogo Ramalho – p.10, 11 e 12
  • Retirem as tropas e mandem professores de futebol! - Sidicalista haitiano vem ao Brasil denunciar o “jogo sujo” das tropas brasileiras em seu país – p.13
  • 3 anos da ocupação e 1 José – Diogo Ramalho – p.14
  • UnB afunda às portas de seu jubileu – Eudásio Gaio – p.15
  • Literaturas – p. 16, 17, 18 e 19
  • Brasília em Revista: 51 anos de críticas e experiências poéticas – p. 20 e 21
  • Expediente – p.22
  • Miraculosidades – p. 23, 24 e 25
Leia, Miracule, ajude a divulgar:
www.miraculoso.com.br

17 de Abril de 2008 e 2010 - o dia que nunca terminou

Hoje dia 17 de Abril é um dia duplamente simbólico para a geração de Lutas de Brasília, da qual eu me orgulho e sou grato à vida por ter feito parte, que marcou dois movimentos que deram exemplos de luta a todo o país. 

 


No dia 17 de Abril de 2008 em Assembléia Geral d@s Estudantes, decide-se por maioria absoluta pela desocupação da Reitoria da UnB depois de mais de 2 semanas de resistência, tendo o Movimento de ocupação conquistado a renúncia do então Reitor, do seu Vice, da eleição do Reitor pró-tempore, do compromisso de eleições semi-paritárias para a Reitoria e a promessa do Congresso Estatuinte Paritário, que até hoje não foi cumprida pelo Reitor eleito graças a este movimento, dentre outros 26 pontos de pautas assinados pelo então pró-tempore para a desocupação.



No dia 17 de Abril de 2010 o Movimento Fora Arruda e Toda Máfia, que nasceu com a ocupação da CLDF em 2 de dezembro de 2009, depois de 4 meses de ocupações públicas, protestos e resistências fez seu penúltimo ato oficial (o último foi a ocupação da nova CLDF em 21 de Abril), em protesto contra a eleição indireta pela casa dos horrores, conhecida como Câmara Legislativa do Distrito Federal - CLDF, do candidato de Arruda, Rogério Rosso. Protesto pacífico que expressou a profunda revolta da população do Distrito Federal e que levou ao espancamento público de dezenas de manifestantes e a prisão de 5 companheiros, dentre eles eu, que fui levado em separado para a Delegacia de Repressão a Pequenas Infrações e fui torturado moralmente e fisicamente.


O dia 17 de Abril marca dois movimentos que foram vitoriosos em seus objetivos imediatos, mas que a longo prazo têm se mostrado que só trocamos carecas por bigodes, sem de fato ter-se alcançado as transformações profundas que essa geração sonhou e lutou.


Abraços de luta,
Diogo Ramalho – estudante da UnB, membro de ambos os movimentos.



2008 - Blog da Ocupação da Reitoria - http://ocupacaounb.blogspot.com/search?updated-max=2008-04-25T16%3A27%3A00-03%3A00&max-results=15
2010 - Blog do Movimento Fora Arruda e Toda Máfia - http://foraarrudaetodamafia.wordpress.com/2010/04/20/ato-pacifico-contra-eleicoes-indiretas-sofre-agressao-fascista-da-pm-df/


"O sonho não morre jamais, somente a luta transforma a realidade, está provado!"

3 anos da ocupação e 1 José



Hoje dia 03 de Abril de 2011 completa-se 3 anos que o Movimento Estudantil da UnB ocupou a Reitoria para de lá só sair 15 dias depois.

A desocupação só ocorreu depois que o movimento de ocupação conseguiu:
a renúncia do Reitor Timothy Mulholland e do Vice Edgar Mamiya e toda a gestão; eleição do Reitor pró-tempore; a decisão do Conselho Universitário por eleições parcialmente paritárias para eleição de Reitor e a aprovação pelo referido conselho para a realização do II Congresso Estatuinte da UnB, primeiro de sua história a vir a ser Paritário, com o objetivo de escrever-se uma nova constituição para a UnB.

Graças a esta histórica e vitoriosa ocupação e o voto deciso dos estudantes da UnB, elegeu-se o atual Reitor José Geraldo de Sousa Junior, que entra agora no seu penúltimo ano de gestão sem ter cumprido a maioria e uma das principais promessas de campanha, Pauta Petrea dentre os 26 pontos de pauta assinados para a desocupação da reitoria, o Congresso Estatuinte Paritário.

José Geraldo perdeu a chance histórica de promover um profundo debate sobre a Universidade e o sentido que sua comunidade e nosso país faz dela, bem como a escritura de sua constituição de forma democrática ouvindo-se paritariamente estudantes, servidores técnicos-administrativos, professores e a comunidade do Distrito Federal.

Sem contar a promessa mote de campanha que nunca foi efetivada, a tal Gestão Compartilhada, José Geraldo ao deixar de realizar o Congresso Estatuinte no 1º ano de sua gestão, quando a Universidade respirava os ares da transformação, quando a UnB tinha acabado de dar um exemplo de luta para o mundo e andava rumo às profundas transformações de que se necessita, curvou-se e aliou ao que retoricamente condenou na campanha, e seguiu sobre a mesma estrutura falida de regras e práticas que levaram a UnB ao descabalabro do noticiário polícial cotidiano com denúncias de corrupção envolvendo toda a Administração Acadêmica.

O Magnífico deixou o Congresso Estatuinte para ser realizado a pouco menos de 1 ano da eleição para a Reitoria, quando os mais diversos interesses retomam a cena da vida acadêmica com olho na eleição, do ou da próxima mandatária da UnB no quadriênio 2012-2016.

É triste e amargo para nós que passamos tudo o que passamos na ocupação que hoje comemora-se??, e em lutas posteriores, termos que adimitir que em tais ou quais aspectos a eficiência da administração Timoti se mostrava mais competente. Basta ouvir a comunidade da UnB, e Ver, de 5º melhor Universidade brasileira hoje a UnB tá perto da 15º posição. E o problema disso tudo é que o legado do José ao final da sua gestão tenha sido apenas o de construir rapidamente o beijodromo e o contribuir de maneira fundamental ao retorno do Timotismo ao comando da UnB. O velho revezamento dos dois Feudos que dividem a história do comando da universidade.

3 anos se passaram, giramos o mundo e voltamos ao mesmo lugar sem termos avançado realmente. Seguimos nossas vidas, a UnB cada vez é permeada por mais pessoas vindo em busca de projetos pessoais a curto prazo e no uso da Universidade para apenas sair dela com um diploma, e o profundo significado do Universo Universitário, da Universidade como coração e mente da sociedade, fica pra um dia, o resgate da Universidade de Darcy, da Universidade do Século 21, tão prometida por José Geraldo, e tão pouca posta em prática nestes 3 lamentáveis anos.

*Diogo Ramalho é estudante de Letras Espanhol da UnB

Não havendo muito o que comemorar, pode-se rememorar, com as fotos que a SECOM publicou em razão do 1 ano da ocupação:
http://www.unb.br/portal/galeria/index_interna.php?id=427

O MIRACULOSO



Eis que nasce O MIRACULOSO

www.miraculoso.com.br

é miraculando que se sente!


Sabadão é Festa!!!!! Arruda na Papuda e Início das Aulas

Olá pessoas queridas de luta,

Amanhã, sabadão, dia 06 de março é o dia de comemorarmos o que há pouco tempo ainda era visto como um sonho, quase que uma utopia, que era ver o Arruda na Papuda!!!! Amanhã é dia de saudarmos também o início das aulas da UnB, que começam na segunda-feira! !!!

Traga sua alegria e as coisinhas que for consumir e quiser compartilhar! Instrumentos musicais são sempre bem-vindos também!!

Se São Pedro deixar, teremos fogueira a noite inteira.. e mesmo que chova vez ou outra, a festa não para!
Tradicional nascer do sol da laje e café da manhã assim que o sol raiar, seguido da Cachoeira pra renovar o corpo e a alma!

Ocupa e Resida!

Abaixo o mapa para chegar na festa!!! Sábado a partir das 23:00h!

retirado!


Bjos e abraços
Diogo - 8214-6812

Eleições Imediatas - Sim Intervenção Federal

 
Quando eu postava esse texto, soube que o PaulOOctávio, o PO, virou Pó!!! Eu já sabia!!! O vice sempre dura menos, risos!! Muita luta ainda pela frente... fora Wilson Lima e demais comparsas da Câmara Legislativa! Fora Noroesteeeee, Fora Roriz!!!!



Intervenção Federal para Eleições Antecipadas
por Diogo Ramalho*

Desde quando veio a público a existência de uma máfia instalada na administração do Distrito Federal, em 27 de Novembro de 2009, sempre que escutava falar em intervenção federal me posicionava premonitoriamente contrário, minha avaliação era instantânea guiada pelo entendimento de que um governo que também praticou o mensalão não tem integridade moral alguma para intervir em outro governo mensaleiro. 

Porém com o tempo, constatando que esse é o único caminho para antecipar-se as eleições e entendendo melhor  como se dá a intervenção, o prazo curto que ela têm que durar e etc, me convenci plenamente pela alternativa da intervenção como único caminho para que a corrupção deixe de vencer e a vontade popular que clama pelo fim da impunidade vença.

O fator mais forte que me faz crer na intervenção como único caminho viável no momento se ampara também no fato de termos hoje no Distrito Federal todos os 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) envolvidos na infinita caixa de pandora e seu males, guardados e soltos a conta-gotas. Um poder tem de investigar o outro e todos os três estão contaminados. Até o chamado quarto poder, a mídia, foi flagrada na cinemateca do Durval recebendo o mensalão.

A Câmara Legislativa em especial, tem dos seus 24 parlamentares, 8 deputados/as e 2  suplentes flagrados nos vídeos e autos da operação caixa de pandora. 16 parlamentares são fiéis aliados e mensaleiros da base do governo de Arruda e Paulo Octávio.

Os parlamentares receberam 470mil cada um para aprovarem o PDOT ( plano diretor de ordenamento territorial ) responsável pela destruição do cerrado em diversos pontos e em especial no setor NOROESTE, da construtora PaulOOctávio, ao lado do Parque Nacional e dentro de uma reserva indígena habitada há 50 anos por etnias indigenas e único ponto na capital do País onde ainda habita Índios, para construção de moradia de alto padrão (16mil reais o metro quadrado); além da corrupção geral da terra orquestrada no PDOT refletido no maior lucro da história da TERRACAP - (R$ 839,57 milhões em 2009, contra R$ 261,1 milhões de 2007 e R$ 369 milhões em 2008. Do total arrecadado pela Terracap até junho deste ano, R$ 675,5 são resultados das vendas no Setor Noroeste, realizadas em janeiro e março)

O Legislativo do Distrito Federal é citado em diversas pesquisas divulgadas por revistas semanais e jornais nos últimos anos como o parlamento legislativo mais corrupto do país e está envolvido até quase a tampa nessa grande Família, conhecida no dicionário como Máfia. 

O Judiciário por sua vez, teve o Procurador Geral do Ministério Público do Distrito Federal e alguns desembargadores citados em gravações e autos do inquérito 650.

Precisamos da Intervenção Federal para termos um governo pró-tempore que prepare o básico e traga a tona o máximo de informações, e o principal, termos eleições antecipadas, única solução para resolver-se o furto que sofreu a população do Distrito Federla ao eleger enganadamente os e as  parlamentares, governador e vice, que continuaram o quadrilhismo usando o dinheiro público. Quadrilhismo este onde foi criado politicamente Arruda, que iniciou sua carreira sendo Secretário de Obras do Roriz em 1993, Joaquim Roriz, o Poderoso Chefão da Quadrilha brasiliense, Coronel senhor Feudal do Distrito Federal, que armou toda a cinemateca com Durval, seu fiel escudeiro, ex-delegado da polícia civil, presidente da CODEPLAN nos últimos 8 anos de Governo Roriz, mantido por Arruda em lugar mais estratégico, a Secretária Institucional do GDF, porém com menos recursos que os 500 milhões da CODEPLAN nos tempos de Roriz, que Arruda facilmente diminuiu para 200 milhões, sobravam 300. Durval incomodou-se muito em ser retirado da CODEPLAN. 
]
E assim como Arruda, Paulo Octávio e CODEPLAN, na UnB tivemos Timoty, Mamia e FINATEC e vivenciamos a intervenção federal para termos novas eleições antecipadas e uma promessa de mudança nos rumos da Universidade de Brasília. A oligarquia Timoti que comandava o orçamento da UnB ha duas décadas, mergulhada em um mar de corrupção, foi derrubada pela força popular d@s seus estudantes, técnicos e professores, e sociedade brasileira. O Reitor como Arruda disse que não sairia, o Vice-Reitor como o PO também tentou resistir, até entender que ou sairia, ou não haveria ordem, como no atual momento, e teve de sair virando pó. Logo em seguida a comunidade da UnB conseguiu através do poder popular a paridade nas eleições para os três segmentos, professores, estudantes e técnicos-administrativos puderam vivenciar depois de décadas  de eleições no formato minoria detendo 70% versus maioria detendo apenas 30% de peso no voto, eleições paritárias, sonho  então utópico com o feudo Timoti no poder.

Essa comunidade da UnB serve também como paralelo para refletir-se como um micro-cosmo da comunidade do Distrito Federal, o caminho já vivenciado se faz presente agora na reflexão de qual caminho tomar para mudar-se os rumos do DF. A comunidade UnB diante da retirada de todo um governo universitário corrupto, elegeu um interventor pró-tempore, que organizou basicamente a casa e com eleições paritárias a UnB venceu o Feudalismo Timotista e conseguiu democraticamente eleger outra alternativa que se dizia diferente na época, em governança há mais de 1 ano e ainda precisando mostrar o diferencial do antigo e cumprir as tantas promessas, como a promessa da tal Gestão Compartilhada que até hoje não passou de mote de campanha e o Congresso Estatuinte Paritário, esquecidos pelo Rei mas não pelos que o elegeram.
Todo o terrorismo que vêm sendo feito quanto a intervenção federal pelos meios de comunicações do Arruda, Paulo Octávio e Tda a Máfia, são para que as coisas mudem de nomes esteticamente, sem necessariamente mudarem nada. Estamos falando de um orçamento manejável de 21 bilhões de reais, segundo maior orçamento de um governo brasileiro per - capita, único estado que o DEM comanda junto com a rica prefeitura de São Paulo, os ovos de ouro podres por dentro.

Por essas e outras, minha bandeira pessoal de luta é Intervenção Federal para haver eleições imediatas no Distrito Federal.

Abraços de luta,
*Diogo Raimundo Ramalho - estudante de Letras Espanhol da Universidade de Brasília.

Um Maravilhoso 2010

Um maravilhoso 2010 repleto de realizações, paz, amor, saúde para todos e todas!!

Que 2010 nosso país mude, que nos transformemos cada vez mais enquanto seres humanos e humanidade!

beijos e abraços com muito amor,

Diogo

PAULO OCTÁVIO: raio x da corrupção



Reportagem da Revista Época desta semana traz um apanhado do patrimônio do vice-governador Paulo Octávio e de como ele se fez na capital federal. Além disso traz informações sobre uma segunda operação da Polícia Federal, batizada de Tucunaré. Confira:

“Três adolescentes que andavam juntos em Brasília nos anos 60 ficaram conhecidos de todo o país pouco mais de duas décadas depois. Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente eleito depois da ditadura militar e sofreu impeachment pelo Congresso Nacional acusado de corrupção. Luiz Estevão entrou para a história como o primeiro senador cassado pelos colegas, também acusado de corrupção. Paulo Octávio Pereira, o terceiro da turma, foi parceiro dos outros dois na Operação Uruguai, a farsa montada para tentar salvar Collor, mas que desmoralizou a defesa do então presidente.
Atual vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio tornou-se, até agora, um sobrevivente nesse roteiro. No mundo empresarial, ele criou um verdadeiro império em construção civil, hotelaria e comunicações, com movimento financeiro de bilhões de reais. Tornou-se um dos homens mais ricos de Brasília. Sua carreira política também é um sucesso: foi deputado federal e senador, antes de chegar ao segundo cargo mais importante do governo local. Agora, porém, seu império poderá ruir. Paulo Octávio é alvo de duas investigações da Polícia Federal, que juntaram provas surpreendentes nas apurações sobre corrupção na capital.
Uma delas é a Operação Caixa de Pandora, que expôs ao país imagens do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, secretários, deputados distritais e empresários pagando ou recebendo dinheiro em espécie. Em alguns vídeos, o personagem é Marcelo Carvalho, principal executivo dos negócios de Paulo Octávio. Ele fala em nome do chefe, negocia valores e faz confidências sobre a prestação de contas. A defesa de Paulo Octávio diz que ele não pode ser acusado, pois não surgiu nenhuma imagem em que ele apareça recebendo dinheiro. Essa versão não resiste a outra apuração da Polícia Federal, a Operação Tucunaré, mantida sob sigilo. De acordo com os investigadores, há vídeos em que Paulo Octávio distribui dinheiro a deputados aliados de Brasília.
A Operação Tucunaré começou na Polícia Civil do DF para investigar lavagem de dinheiro e evasão de divisas por doleiros. Ela foi assumida pela PF em junho deste ano, quando a polícia grampeou uma conversa entre o doleiro Fayed Trabously – personagem citado em escândalos do PMDB e do antigo PFL – e o policial aposentado Marcelo Toledo Watson. Tucunaré é o apelido de Toledo, policial que saiu da ativa, aos 28 anos, depois de ser baleado durante o resgate da filha do senador Luiz Estevão, vítima de um sequestro em 1997.
Toledo é um dos personagens chaves dos escândalos em Brasília. Vídeos gravados pelo delegado Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda, exibem imagens em que Toledo entrega dinheiro a assessores de Arruda. Segundo as investigações, ele cumpria papel de leva e traz entre empresários e políticos. A Operação Tucunaré mostra que Toledo e alguns doleiros eram responsáveis por enviar parte da propina para o exterior.
Com a ajuda dos órgãos federais que rastreiam movimentações financeiras suspeitas, a Polícia Federal investigou como propinas pagas em Brasília foram parar em contas em outros países, atribuídas a Paulo Octávio. Por intermédio de seu advogado, Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, Paulo Octávio disse que nunca distribuiu dinheiro para deputados. Ele afirma também que não há hipótese de aparecer em gravações com dinheiro e nega ter feito remessas ao exterior por meio de doleiros.

Durante as investigações, a PF tentou convencer Toledo a virar réu colaborador. Na semana passada, Toledo desistiu de ajudar. Segundo amigos de Durval, Toledo teria exigido – e conseguido – a prorrogação por mais um ano do contrato de uma agência de publicidade da qual seria sócio oculto com a Terracap, a estatal que administra as terras públicas do Distrito Federal. Há suspeitas de irregularidades nas prorrogações anteriores desse mesmo contrato, no valor de R$ 13,5 milhões, sob investigação no Tribunal de Contas do Distrito Federal.
As investigações da Caixa de Pandora também avançaram. Na operação de busca e apreensão no escritório de um secretário do governo de Arruda, foi encontrado um caderno com a contabilidade, escrita à mão, relativa a recebimentos e pagamentos. Uma perícia grafotécnica do Instituto de Criminalística da PF atestou que o autor dos registros foi o secretário. Essa informação consta do relatório enviado pela PF na quarta-feira ao Superior Tribunal de Justiça. Ali também ficou atestado que todas as gravações sobre o escândalo de Brasília entregues à polícia são autênticas, sem montagens. “É impressionante. Tudo o que averiguamos do que Durval nos disse está sendo confirmado”, afirmou a ÉPOCA um dos investigadores da Caixa de Pandora.

E o que Durval disse aos investigadores? Em primeiro lugar, que Arruda e Paulo Octávio, depois de acirrada disputa sobre quem seria candidato a governador em 2006, fizeram um acordo que incluía o rateio do dinheiro arrecadado com quem tem negócio com o governo do Distrito Federal. De acordo com Durval, o acerto era que o vice receberia um terço. Esse dinheiro seria embolsado por Paulo Octávio e usado para pagar aliados. Os outros dois terços seriam para Arruda. A movimentação desse dinheiro dos negócios privados com o governo de Brasília ocorreria praticamente todos os dias. Durval disse que a parte de Paulo Octávio, na maioria das vezes, era recebida por Toledo. Eventualmente, Marcelo Carvalho recolhia o dinheiro. Durval diz ter entregado pessoalmente o dinheiro em algumas oportunidades a Paulo Octávio.
Em um depoimento, Durval contou aos investigadores por que, em uma das gravações, Carvalho disse que Paulo Octávio era avarento e cobrava cada centavo. Segundo Durval, a cada vez que ele levava dinheiro a Paulo Octávio, era recebido numa suíte diferente do hotel Kubitschek Plaza – uma das propriedades de Paulo Octávio. Ali, segundo Durval, Paulo Octávio sempre reclamava que recebia menos do que o combinado. A divergência seria aritmética. O esquema estaria pagando a Paulo Octávio 30% do total, quando o acerto seria um terço, o equivalente a 33%. Num depoimento, Durval descreve uma ida ao Kubitschek. Segundo o advogado Kakay, Paulo Octávio confirma que se encontrou com Durval no Kubitschek Plaza, mas nega que tenha recebido dinheiro.
Paulo Octávio nasceu no município mineiro de Lavras e mudou-se para Brasília em 1962, aos 12 anos de idade. Amigos de adolescência dizem que ele sempre teve obsessão por ficar rico. Filho de um dentista de classe média, ainda jovem buscou dois caminhos: conquistar amigos de famílias ricas e ganhar dinheiro. Deu-se bem nas duas empreitadas.
Paulo Octávio começou a vida profissional com uma pastinha debaixo do braço, vendendo seguros. Depois virou corretor de imóveis, estabelecido em uma pequena sala comercial. Dali, partiu para construir seu império. Paulo Octávio mostrou-se um bom corretor em duas imobiliárias de Brasília. O primeiro lance de ousadia nos negócios com recursos públicos ocorreu quando ele se tornou genro do almirante Maximiano da Fonseca, ministro da Marinha no governo João Figueiredo (1979-1985). Paulo Octávio morou na casa oficial do sogro na Península dos Ministros, área mais nobre de Brasília. Na ocasião, associou-se ao empresário Sérgio Naya, que se tornou célebre por causa do desmoronamento do Edifício Palace II, no Rio de Janeiro. Juntos, os dois construíram o Hotel Saint Paul em Brasília. A Marinha comandada pelo almirante Maximiano da Fonseca comprou na planta 40 dos 272 apartamentos. Na sociedade com Naya, Paulo Octávio ficou dono de 15% do empreendimento. À época, os dois também exploravam no hotel a badalada boate Corte.
Com essas investidas, Paulo Octávio firmou-se como empresário. Seu grande salto nos negócios ocorreu anos depois, quando o amigo Fernando Collor se elegeu presidente da República. No governo Collor, Paulo Octávio indicou dirigentes na Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, e conseguiu financiamento da instituição para três grandes investimentos em Brasília: o Hotel Blue Tree, o Brasília Shopping e uma superquadra em área nobre da cidade com 11 prédios residenciais, uma escola e um jardim de infância.

Auditorias internas da Caixa mostram que os negócios foram bons para Paulo Octávio e ruins para os mutuários. Segundo essas auditorias, ocorreram irregularidades em várias etapas dos empreendimentos: desde a formalização da parceria com a Funcef até a construção e venda dos imóveis, entre os anos 1994 e 1998. A avaliação dos auditores é que o prejuízo causado à Funcef deverá chegar a R$ 200 milhões. “A partir daí, ele ficou grande”, diz um dos principais concorrentes de Paulo Octávio desde aquela época. Para investigar as supostas irregularidades, foram abertos três inquéritos policiais que poderão resultar em denúncias do Ministério Público à Justiça.

Para ter uma ideia do império de Paulo Octávio, basta fazer um passeio pelas áreas valorizadas de Brasília. Algumas das mais vistosas obras da capital, como o Blue Tree, rebatizado Alvorada, o Centro de Eventos Brasil 21 e o Brasília Shopping, foram construídas por Paulo Octávio. Uma análise detalhada desses empreendimentos feita por ÉPOCA mostra que o crescimento do patrimônio de Paulo Octávio tem relação direta com decisões tomadas pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a mesma que frequenta o noticiário como balcão de negócios.
Mudanças na regras para o uso do solo aprovadas pelos deputados distritais permitiram ao grupo empresarial de Paulo Octávio realizar negócios milionários com terras públicas. Em 1995, a Paulo Octávio Investimentos Imobiliários comprou, em parceria com outros empresários, um terreno de 65.000 metros quadrados onde antes existia o Estádio Rei Pelé (ou Pelezão). O lote pertencia à Federação Brasiliense de Futebol e foi comprado por R$ 4 milhões. Graças a leis votadas pela Câmara Distrital depois dessa transação, o terreno originalmente destinado a atividades esportivas tornou-se área residencial. Pouco mais de um terço da propriedade foi vendido por Paulo Octávio, em maio do ano passado, por R$ 25 milhões a José Celso Gontijo, empresário flagrado em vídeo entregando dinheiro a Durval.

Outro exemplo é o Hotel Blue Tree. Banhado pelas águas do Lago Paranoá e vizinho ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, o complexo hoteleiro inaugurado em 2000 consumiu cerca de R$ 140 milhões. Recentemente, a empresa de Paulo Octávio finalizou a construção do complexo Brasil 21, com mais de 800 flats e 800 salas comerciais, localizado na cobiçada área central da cidade. Um dos principais beneficiados pelo boom imobiliário em Brasília, o grupo empresarial de Paulo Octávio divide atualmente as atenções entre o Península, um empreendimento residencial orçado em R$ 1,2 bilhão no bairro de classe média Águas Claras, nos arredores do Plano Piloto de Brasília, e o Shopping Iguatemi, investimento estimado em R$ 150 milhões, em parceria com o empresário Carlos Jereissati. O canteiro do Iguatemi fica no Lago Norte, bairro de Brasília onde há alguns anos existia o esqueleto de um centro comercial. Ele seria erguido pela LPS Empreendimentos e Participações, sociedade de empresas pertencentes a Luiz Estevão, Paulo Octávio e Sérgio Naya. A transação foi descrita por ÉPOCA na edição de maio de 2007.

Na Junta Comercial do DF, o nome de Paulo Octávio aparece atrelado diretamente a 12 empresas. As participações indiretas são mais de 30, de construtoras a concessionárias de automóveis e emissoras de rádio. A declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral por Paulo Octávio em 2006 soma R$ 323,5 milhões em bens, mas seu patrimônio evoluiu. Hoje, estima-se que chegue a R$ 700 milhões. As investigações que chegaram agora a Paulo Octávio estão mais adiantadas em relação às que apuram denúncias contra Arruda.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a Lei Orgânica do Distrito Federal. Essa lei dá à Câmara Legislativa a prerrogativa de autorizar a abertura de ação penal contra o governador. Na representação, Gurgel afirma que a lei é inconstitucional, porque a competência de decidir sobre ações penais contra governadores seria do Superior Tribunal de Justiça.

Na quinta-feira da semana passada, a procuradora Raquel Dogde, responsável pela investigação da Operação Caixa de Pandora, pediu ao STJ a quebra do sigilo bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas investigadas, entre elas Arruda e Paulo Octávio. Dodge entendeu que há elementos suficientes para caracterizar desvio e apropriação de recursos públicos. No caso de Paulo Octávio, se os investigadores estiverem certos, o vice corre o risco de perder o mandato e de fazer companhia aos amigos de juventude que perderam mandatos por causa de denúncias de corrupção.”

Somente ao Papai Noel




Nós, os cidadãos do Distrito Federal diante de tamanha crise de corrupção caminhando à impunidade chegamos ao ponto de só termos ao papai noel para recorrermos e pedirmos justiça. As imagens, ao contrário do que disse o presidente Lula no começo da crise “de que não falam por si”, gritam, e envolvem os três poderes.

O Judiciário com Desembargadores e o próprio Procurador Geral do Distrito Federal, a quem caberia investigar toda a cinemateca de mais de 160 fitas gravadas pelo rorizista Durval Barbosa, são citados em gravações como beneficiados pelas mesadas pagas pelo DEM.

A Câmara de Deputados Distritais por sua vez, considerada por diversas pesquisas como o parlamento mais corrupto do país, tem dos seus 24 parlamentares 10 flagrados em vídeos e escutas recebendo dinheiro, colocando dinheiro nas meias, cuecas, bolsas e até mesmo rezando oração da propina, agradecendo o bondoso secretário de relações institucionais Durval por tantas dádivas. Dos 24 parlamentares 18 são da base do governo dos DEMO e já demonstraram com a CPI que investigará os últimos 18 anos de Governo do DF (leia-se, uma longa e grande pizza) e com o recesso que aprovaram até 11 de Janeiro, que defenderão o Governo e a impunidade a todo custo.

Já no poder executivo do ainda Governador Arruda e seu Vice Paulo Otávio que são os grandes chefes do crime organizado, Arruda é flagrado no único vídeo que ainda veio a tona recebendo maços de dinheiro e demonstrando o quanto aquele gesto é uma rotina em sua vida, o que justifica o aumento do seu patrimônio em mais de 1.000% em dois anos como Governador. Além do que a cinematografia de Durval revelou e ainda revelará, temos hoje no Distrito Federal uma quadrilha organizada em torno da corrupção da terra, massacrando índios originários e derrubando o cerrado para a construção de mais prédios da construtora do vice-governador, homem mais rico e poderoso do Distrito Federal.

Daí, visto o cenário dos três poderes envolvidos na máfia que assalta cotidianamente o dinheiro público do povo brasiliense, surge vez ou outra a sugestão de que os cidadãos brasilienses peçam socorro à intervenção do Governo Federal do PT, que inaugurou a palavra MENSALÃO lá em 2004 e que reinou na época a impunidade, visto que o Durval do PT, o Marcos Valério e toda a quadrilha que comprava empresários e parlamentares nunca foram punidos. Do mensalão do PT apenas 2 cabeças rolaram, do primeiro ministro na época José Dirceu e do denunciante do esquema, deputado Roberto Jéferson, ninguém foi preso e o “Deus Supremo” – STF cumpriu seu papel histórico de absolver os políticos corruptos. Daí a impossibilidade de se pedir uma intervenção de quem não tem moral nem ética suficiente para tal.

Já a opinião pública que é formada em grande parte pela mídia (o quarto poder), com essa muito menos podemos contar. Os dois maiores jornais da Capital, Correio Braziliense e Jornal de Brasília são e expressam a versão do Governador e Vice, e os grandes meios como a Rede Globo jogam lenha na fogueira constantemente, mas com o motivo estritamente financeiro. Quanto mais crise mais lucro. Mais o governo do GDF tem que gastar com publicidade para reverter a crise, e a prova disso são os anúncios do GDF nos canais de TV, Rádio e Jornais que quadruplicaram para tentar-se arrefecer no imaginário popular toda a corrupção que a capital da republica está mergulhada.

Além da verba publicitária que cresce com o aumento das denuncias, o Governo usa o Diário Oficial para dar gratificação aos policiais militares que há poucos dias atrás reprimiram de maneira desproporcional, com cavalos e muita cacetada, um protesto que pedia a punição de todos os envolvidos. Simbolicamente o governo estimula a perseguição, espionagem e violência em torno dos movimentos sociais e atores envolvidos na luta por moralidade.

Visto todo esse cenário, nós, cidadãos do Distrito Federal só temos ao Papai Noel para recorrer. A corrupção instalada hoje na capital que abraça os atores dos quatro poderes nos deixa sem ter a quem recorrer. O único a se fazer é ir para a luta direta contra a ditadura da democracia, do poder econômico que a tudo compra e corrompe, menos a consciência do povo que trabalha honestamente e quer que esse país mude, a revolta popular. Justiça, o fim de pizzas de panetones.


Diogo Raimundo Ramalho – Estudante de Letras da Universidade de Brasília

Festinha hoje Sábado

Festa d@s Sagitarian@s e Resistentes

Olá pessoal,

depois de tantas lutas, ocupações e resistências chegou o momento de descontrairmos um pouco e reforçar as energias para as próximas semanas de lutas.

Hoje sabadão comemoraremos o aniversário do Rafa Kaos, Diogo, Lenina, Marina, João Gabriel e outros e outras sagitarianas. Se você é membro desse maravilhoso signo venha comemorar conosco também. Festa para comemorarmos também as resistências na FUNAI, na Câmara e agora nas ruas.

A festa começa a partir das 20:00h do sábado e vai domingo a dentro.. Muita música ao vivo, fogueira e cachoeira no domingo de-manhãzinha para renovarmos nossas forças! Domingo tem almoço coletivo também!

Traga as bebidas e comidas que for consumir nessa morada por aqui! Traga também instrumentos musicais e claro, muita alegria!

Abaixo o mapinha muito bem explicadinho de como chegar.. Haverá sinalização com pano branco na estrada de terra para facilitar mais a chegada!

Ocupem e Residam!

Beijos e abraços de luta!
Diogo Ramalho - Estudante de Letras Espanhol
Sagitariano de 06 de Dezembro! 26 aninhos!
8214-6812

Charge da Ditadura do Arruda e Paulo Otávio


Travessia Feita

25 anos, idade mais miraculosa de todas desse um quarto de século vivido..
1 amor, 2 grandes viagens, 3 ocupações, diversos sonhos e presentes!
O Rio, caminho do Mar!
Bem vindo 26!

O Governo dos DEMO em oração da propina




No dia do Evangelico, feriado em Brasília, eis que mais um vídeo vêm a tona, a oração da propina, que pode ser assistido no link:  http://blogs.estadao.com.br/joao-bosco/category/df/

Parece piada né? E é, um grande deboche para com o povo brasileiro.Os bons senhores que arrecadam dinheiro para comprar Panetones e pagar Fotografias aos pobres para tirarem seus documentos, tá aí, vindo a tona a conta-gotas, Arrudão e todo o esquema de arrecadação da direita brasileira na capital da nação. Segundo nota de Arruda e Paulo Otávio publicada ontem, eles confiam na justiça.
Entenda também a perseguição sofrida pelos indígenas e a derrubada do Cerrado para a construção do bairro de alta classe econômica pela construtora de Paulo Otávio, ainda vice-governador do DF.




Dinheiro até na Meia do Presidente da Câmara dos Deputados Distritais:





Os crimes que vêm sendo cometidos a mando do Governo do Distrito Federal para expulsar os indígenas de suas terras:



Os tratores que estão destruíndo o cerrado a 100 metros do Santuário dos Pajes:




Fora Arruda, Paulo Otávio e toda a corja envolvida, incluíndo claro o senhor feudal RORIZÃO que não vê a hora de voltar!
Fim imediato do Setor Noroeste.
abraços de luta,
Diogo