Olá, para este fim de semana de feriadão abrindo novembro gostaria de recomendar para todos e todas que tenham interesse em saber um pouco da história recente da Argentina, seu povo e suas lutas, as privatizações dos recursos naturais e de todo o estado, ver o quanto nossas histórias são parecidas e o quanto os processos e mecânismos de exploração operam simultaneamente como uma onda.
Enquanto a Argentina era considerada o celeiro do mundo seu povo passava cada vez mais fome, mais de 20% de desempregados, em uma população de 32 milhões de Argentinos no final da década de 90 e inicio dos anos 2000 com 18 milhões de pobres e 8 milhões de famintos, chegando em 2004 com 51% da população abaixo do nível de pobreza. Um país que em anos anteriores chegou a ser considerado de primeiro mundo tornado um dos mais pobres do mundo em um curto período de tempo.
O documentário permite perceber o quanto a aplicação das recomendações norte americanas e do FMI geraram tanta pobreza generalizada e concentração de renda na mão de poucos, o quanto as privatizações saquearam as riquezas dos países colocando-as em mãos extrangeiras, como aqui no Brasil com Fernando Henrique Cardoso tocando privatizações como a da Vale do Rio Doce em 1997 e na Argentina o mesmo se passando em 99 com a privatização da YPF dentre todo um calendário de privatizações de todo o estado, de recursos minerais a fornecimento da água, o lema do Governo Menem número um era de que o estado não operasse nada mais pois tudo deveria ser privatizado. Ambas empresas que simbolizam o maior roubo da história de Brasil e Argentina aos recursos minerais e petrolíferos, foram dadas ao capital extrangeiro por um valor que correspondia em menos de 10% seus valores reais.
O documentário permite perceber o quanto a aplicação das recomendações norte americanas e do FMI geraram tanta pobreza generalizada e concentração de renda na mão de poucos, o quanto as privatizações saquearam as riquezas dos países colocando-as em mãos extrangeiras, como aqui no Brasil com Fernando Henrique Cardoso tocando privatizações como a da Vale do Rio Doce em 1997 e na Argentina o mesmo se passando em 99 com a privatização da YPF dentre todo um calendário de privatizações de todo o estado, de recursos minerais a fornecimento da água, o lema do Governo Menem número um era de que o estado não operasse nada mais pois tudo deveria ser privatizado. Ambas empresas que simbolizam o maior roubo da história de Brasil e Argentina aos recursos minerais e petrolíferos, foram dadas ao capital extrangeiro por um valor que correspondia em menos de 10% seus valores reais.
O documentário traz uma analise precisa e lucida acerca do que viveu politicamente a Argentina dos anos 80 até 2004, descrevendo o silencioso genocídio social provocado pelas ditaduras e os seguidos governos neo-liberais, dando enfoque aos governos de Menem e De la Rua, que seguiram a risca um manual de privatizações e implantaram uma mafiocracia jamais vista na argentina. Memoria del Saqueo é fundamental para entender a história política recente do nosso irmão país Argentina.
Assisti esse documentário pela primeira em dezembro de 2008 em Cordobá quando estava conhecendo a Argentina pela primeira vez, o amigo Vitor dono do hostel Joven que recomendo aos que conhecerem Cordoba e buscarem um lugar economico e com alta elevação cultural, onde me hospedei e passei o natal, Vitor é militante do movimento LGBT argentino e participou de vários protestos e lutas mostrados no documentário, me disse que tinha algo que eu deveria assistir para conhecer sobre seu país e as lutas do seu povo. Me choquei com o documentário, e me impressionei muito em ver o quanto a história de roubo e saque das riquezas do meu país são idênticas ao que se passou na Argentina, e se repetiu com a mesma intensidade devastadora na Bolívia e em praticamente todos os países da América Latina, quintal do imperialismo.
O famoso manual de Washington com suas ditaduras, liberalismos e "democracias" eleitas por pequenos grupos detentores do poder economico e das comunicações, se associando ao saque das riquezas dos países pelo capital extrangeiro! Entenda e sinta a Argentina!
O famoso manual de Washington com suas ditaduras, liberalismos e "democracias" eleitas por pequenos grupos detentores do poder economico e das comunicações, se associando ao saque das riquezas dos países pelo capital extrangeiro! Entenda e sinta a Argentina!
As ruas cantam: "El pueblo no se vá!" - "El pueblo, unido, jamás sera vencido!" - "El pueblo ganó!"
Filme inteiro em espanhol - Parte 1 e Parte 2
estou buscando a versão para download com legenda em português mas está difícil de encontrar, assim que encontrar atualizo aqui.. no entanto recomendo tentar ver e ouvir em castelhano, é um espanhol bem claro, da para entender praticamente tudo, é só deixar o espanhol entrar nos ouvidos!
estou buscando a versão para download com legenda em português mas está difícil de encontrar, assim que encontrar atualizo aqui.. no entanto recomendo tentar ver e ouvir em castelhano, é um espanhol bem claro, da para entender praticamente tudo, é só deixar o espanhol entrar nos ouvidos!
O Diretor Fernando Pino Solanas
NOTA DE INTENCION: La tragedia que nos tocó vivir con el derrumbe del gobierno liberal de De la Rúa, me impulsaron a volver a mis inicios en el cine, hace más de 40 años, cuando la búsqueda de una identidad política y cinematográfica y la resistencia ala dictadura, me llevaron a filmar “La Hora de los Hornos”. Las circunstancias han cambiado y para mal: ¿Cómo fue posible que en el “granero del mundo” se padeciera hambre? El país había sido devastado por un nuevo tipo de agresión, silenciosa y sistemática, que dejaba más muertos que los del terrorismo de Estado y la guerra de Malvinas. En nombre de la globalización y el libre comercio, las recetas económicas de los organismos internacionales terminaron en el genocidio social y el vaciamiento financiero del país. La responsabilidad de los gobiernos de Menem y De la Rúa no exime al FMI, al Banco Mundial ni a sus países mandantes. Buscando beneficios extraordinarios nos impusieron planes neoracistas que suprimían derechos sociales adquiridos y condenaron a muerte por desnutrición, vejez prematura o enfermedades curables, a millones de personas. Eran crímenes de lesa humanidad en tiempos de paz. Una vez más, la realidad me impuso recontextualizar las imágenes y componer un fresco vivo de lo que habíamos soportado durante las tres décadas que van de la dictadura de Videla a la rebelión popular del 19 y 20 de diciembre de 2001, que terminó con el gobierno de la Alianza. “Memoria del Saqueo” es mi manera de contribuir al debate que en Argentina y el mundo se está desarrollando con la certeza que frente a la globalización deshumanizada, “otro mundo es posible”. Fernando E. Solanas |
CARTA A LOS ESPECTADORES: Cientos de veces me he preguntado cómo es posible que en un país tan rico la pobreza y el hambre alcanzara tal magnitud? ¿Qué sucedió con las promesas de modernidad, trabajo y bienestar que pregonaran políticos, empresarios, economistas iluminados y sus comunicadores mediáticos, si jamás el país conoció estos aberrantes niveles de desocupación e indigencia? ¿Cómo puede entenderse la enajenación del patrimonio público para pagar la deuda, si el endeudamiento se multiplicó varias veces comprometiendo el futuro por varias generaciones? ¿Cómo fue posible en democracia tanta burla al mandato del voto , tanta degradación de las instituciones republicanas, tanta sumisión a los poderes externos, tanta impunidad, corrupción y pérdida de derechos sociales? Responder a los interrogantes que dejó la catástrofe social o repasar los capítulos bochornosos de la historia reciente, sería imposible en los limitados márgenes de una película: hacen falta muchas más, junto a investigaciones, debates y estudios para dar cuenta de la magnitud de esa catástrofe. Esta película nació para aportar a la memoria contra el olvido, reconstruir la historia de una de las etapas más graves de la Argentina para incitar a denunciar las causas que provocaron el vaciamiento económico y el genocidio social. "Memoria del saqueo" es también un cine libre y creativo realizado en los inciertos meses de 2002 , cuando no existían certezas sobre el futuro político del país. A treinta y cinco años de "La Hora de los Hornos", he querido retomar la historia desde las palabras y gestos de sus protagonistas y recuperar las imágenes en su contexto. Procesos e imágenes que con sus rasgos propios también han golpeado a otros países hermanos. Es una manera de contribuir a la tarea plural de una refundación democrática de la Argentina y al debate que en el mundo se desarrolla frente a la globalización deshumanizada con la certeza de que "otro mundo es posible". Fernando Solanas / Marzo 2004 Informações... Ano de Lançamento: 2003 Origem: Suiça, França, Argentina Duração: 114 Minutos Gênero: Documentário Idioma: Espanhol Direção: Pino SolanasNão deixe de assistir e difundir! Beijus, Diogo |
2 comentários:
Hola!
Muchas gracias por el comentario del documental de Solanas. La verdad es que para estar en Argentina, debiera estar mejor informada.
Cambiando de tema, te cuento que sigo viviendo en el hostel y hasta he podido aprender algunas cosas en portugués. Eso sí, no te voy a escribir nada en tu idioma!!! Lo que sé es sólo hablado...
Te mando muchos saludos!
Assisti ao documentário no final de semana. É chocante, no sentido literal da palavra mesmo. Passei algum tempo depois de assistir para "digerir". Aconteceu e acontece o mesmo aqui no Brasil, como disseste, mas às vezes parece que não enxergamos o que está bem na frente dos nossos olhos.
Valeu pela dica ótima mais uma vez.
Beijocas
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