A caminho de Montevideo

A caminhada da travessia Assunçáo - Paraguai para Montevideo - Uruguai està bem dificil, vou pro terceiro dia viajando direto, foram dois önibus, mais um hoje a noite daqui a pouco e um trem velho da Argentina chamado EL GRAN CAPITAN, uma viagem marcante que darà uma història a mais a ser contada, logo quando possìvel.
Hoje fui preso pela policia Uruguai da fronteira, passei 7 horas num extress burocratico e liberado pra entrar no Uruguai, fronteiras, como sáo complicadas as fronteiras.. Mais um historia pra contar..
Finalizo mais essa travessia chegando amanhá de manhá na capital do Uruguai, alì me quedo uns 5 dias e dia 6 pretendo chegar em Buenos Aires, onde ficarei um tempo bom pra recuperar as energias, contar os causos e etc.. Imagreci uns 8 kilos desde que saì de Brasìlia, muito cháo, muitas dificuldades, explosáo de diversidades, muita intensidade.

beijos e abraços
Diogo

Encarnacion

Acordei as 08.10h da manhá ao som de uma banda militar que desfilava pelas ruas do centro da cidade de Assunçáo, em homenagem ao Dia do Agente. Enrolei bastante e saì umas 10h do hotelzim mais baozim que fiquei até agora, a 30 mil guaranis, chegando por fim a rodoviária para ver quais eram os horários para Encarnacion às 11.20h, 10 minutos antes de partir o önibus, na hora certa, comprei a passagem depois de chorar muito e conseguir diminuir de 55 mil guaranis para 40mil, todo preço geralmente tém de se negociar para caìrem pois sempre dáo o maior preço até em água.. ninguem manda ter cara de brasileiro.. 40 mil guaranis sáo 17 reais, Encarnacion encontra´se a 365Km de Assunçáo, cidade do Paraguai que faz fronteira com Posadas, cidade da Argentina, capital do estado Misiones.

Cheguei agora a pouco às 19:00h, rodei o centro inteiro atraz de um alojamiento ou hostel dos mais baratos e náo encontrei nada por menos de 55 mil, depois de rodar muito voltei a rodoviaria e consegui um quarto que adaptaram no hotel de frente da rodoviária, 30 mil guaranis, o máximo que eu tinha ainda em guaranis. Amanhá acordo às 7 da manhá e já sigo rumo a fronteira, tomarei um trem que só saí aos domingos e vou até outra fronteira da Argentina com o Uruguai, e dalí uma viagem pequena de barco até pegar um önibus rumo a Montevideo, capital do Uruguai.

Queria muito poder tá contando a viagem, mas é muita coisa a se sentir em cada canto e muito cháo se andando debaixo dos pè, assim que chegar em Buenos Aires onde ficarei mais tempo, contarei os causos todos, com fotos tb, enfim... Encarnacion, deixa eu voltar pras calles pra decifrar um poquim dessa cidade desse nome miraculoso aí de Encarnacion!

hasta luego!
besos
Diogo

Fronteira Brasil - Bolìvia \ Propina para passar

Vou contar agora o episodio que náo pude contar quando estava em solo Boliviano por questáo de segurança pois ao mesmo tempo que se trata de um relato, é tambèm uma denuncia e um toque aos viajantes que por essa fronteira forem passar.

Na minha primeira viagem para a Bolìvia em dezembro de 2007 tive problema tambèm alì na fronteira de Corumba - Brasil com Puerto Quijaro - Bolívia. Na època náo tinha passaporte e viajava somente com a Identidade ( Bolìvia, Paraguai, Uruguai, Argentina e Peru fazendo parte do convënio de livre tränsito do Mercosul, basta ter a identidade para entrar em qualquer um desses paìses ) só que levei a carteira de motorista, que no Braisl é Identidade, mas aì o policial aproveitou e disse que só aceitava Cèdula de Identidade, daì eu fui obrigado a pagar uma propina de 10 reais na època, o que equivalia a 40 bolivianos para passar. Minha amiga Taisa do Mato Grosso que chegou em seguida nessa viagem, também teve de pagar propina para fazer um cartáo de vacinaçáo falso em Puerto Soares e voltar a fronteira de Puero Quijaro, tudo ¨legal¨ feito com a policia boliviana.

Dessa vez foi assim:
Cheguei em Corumba no dia 20, 6 horas da manhá. Ancioso que estava para cruzar a fronteira fui atè a fronteira, passei ao lado boliviano, náo havia ninguèm e nada estava aberto ainda, voltei a Corumba para sacar o dinheiro que precisava e voltei de novo para a fronteira jà perto das 9 horas da manhá.

Dentro do önibus urbano vi dois brasileiros que tambèm iam para a fronteira, os dois bem vestidos, todos limpinhos e arrumadinhos, com etiquetas de vöo nas mochilas.. Um deles perguntou a uma senhora - ¨tem önibus de ar condicionado¨¿ daì eu dei uma leve risada comigo mesmo, pensando comigo ¨Que calouros de Bolívia¨. Daì puxei assunto, jà disse logo, amigo, esquece önibus com Ar Condicionado, esquece önibus novo, esquece önibus com banheiro, esqueça asfalto, vocës estáo entrando na Bolívia, paìs mais pobre da Amèrica do Sul. E assim começou a amizade de Diogo, Modis e Di.
Descemos conversando, os dois vinham do Espirito Santo, Di é formado em agronomia e o Modis em medicina, estavam indo conhecer a Bolívia rumo ao Peru, Mathu Pithu, destino comum dos viajantes que passam por Bolìvia.

Fomos caminhando, fui falando sobre a Bolìvia pros dois até chegarmos na imigraçáo.

Chegando na Imigraçáo fui o primeiro a ter meu passaporte carimbado e a receber o papelzinho verde que serve como documento de entrada no paìs e que tem de ser devolvido na saìda do País.
Daí quando Modis e Di foram carimbar, o policial percebendo o quanto eles eram navegantes de primeira viagem, pediu 5 reais de contribuiçáo para o Modis, ele olhou pra mim, eu fiz o sinal de que ele náo deveria pagar, pois se tá tudo certo náo se tem que pagar nada para carimbar o passaporte..

Daì ele náo pagou, e aì nossos problemas começaram. O policial que pediu o dinheiro disse que náo ia carimbar o passaporte do Modis, eu fui falar com o policial e ele me pediu meu passaporte e me tomou a folhinha verde e me pediu meu cartáo de vacinaçáo de novo, daí aproveitou que meu cartáo tava um pouco velho e disse, arruma outro cartáo porque com esse vocë náo entra na Bolìvia.
Daì eu fui dialogar, expliquei que conhecia toda a Bolìvia, que sei dos procedimentos, que náo estava certo, que náo havia motivo legal para náo nos deixarem entrar, e daì o outro policial veio, tomou meu passaporte e deu logo um carimbo - ANULADO
Fudeu....
Fomos para uma sala ao lado, enquanto eles carimbavam a entrada de outros turistas e o policial veio bravo e falou, vocë vai ficar aí o dia todo, e agora vocës só entram se pagarem 50 reais.
Um outro policial que era o bonzinho da historia mas que compactuava com todo o esquema de corrupçáo veio conversar comigo, me disse que os Bolivianos quando váo entrar no Brasil a Policia brasileira chega a cobrar 2 mil reais deles, que sáo tratados mal no Brasil, tentou justificar o que estavam fazendo conosco pelo que se fazem com os Bolivianos.. Eu lhe disse que náo tinha nada haver com o que alguns irmáos brasileiros fazem, que eu por minha vez amo a Bolìvia e o povo da Bolìvia, que tenho imenso respeito pelo País, que estudo a Bolìvia, e daì seguimos conversando..

Depois de nos deixar uns 30 minutos nesse clima de ¨vocës náo váo entrar no meu país¨, o policial do mal aceitou conversar, lhe expliquei novamente tudo e levei 20 reais meu, 20 do Modis e 20 do Di,
60 no total, isso em Bolivianos sáo quase 200 bolivianos, daì um outro policial passou ao meu lado e pegou bem dispistado o dinheiro na minha máo, dei nossos trës passaportes, o meu o único que tinha sido Anulado, ele deu outro Carimbo logo embaixo, e assim estreiei meu passaporte, com um anulado grande no primeiro carimbo.

Depois disso conseguimos cruzar a fronteira e pegar o trem da morte atè Santa Cruz de La Sierra.

Jà passei por 6 fronteiras de todos os cantos da Bolìvia, norte, sul, leste e oeste da Bolìvia, e a ùnica fronteira que sempre hà problemas com ter que pagar propina è essa importante fronteira com o Brasil.

Uma vergonha isso ocorrer táo descaradamente, mas ha quem denunciar?
No meio da discussáo eu disse ao policial que náo tinha base legal para fazer o que estava fazendo e que eu iria denunciar ao meu consulado, ele me disse, vá, vá denunciar..... ou seja, náo passa nada, o Brasil vai fazer o que???

Enfim, uma triste realidade que espero que um dia acabe, e quem for passar pela fronteira de Corumba e os policiais pedirem 5 reais de ¨contribuiçáo¨ ilegal é melhor dar logo do que ter que dar muito mais logo em seguida..

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Abrazos,
Diogo

Beni – Trinidad - A cidade das motos que náo sabem parar

Saí de Santa Cruz äs 20:30h, quando cheguei ao terminal 4 minutos antes, o senhor que me vendeu a passagem pela manhá, que havia dito para que eu ligasse confirmando as 17h para confirmar de onde saíria e que se saísse teriamos que cruzar o bloqueio na estrada caminhando e tomando outro ónibus depois do trajeto bloqueado, me disse que o bloqueio tinha se levantado havia 30 minutos e que o náo teriamos que trocar de ónibus. Ao meu lado no ónibus foi sentada uma senhora muito boazinha, ela queria saber várias coisas, de onde eu era, o que fazia, onde estavam meus pais, como era o brasil, como era brasilia, ela como todos que conversei até agora foram unanimés, a capital do brasil é sáo paulo, e sempre que digo que venho de brasília, eles perguntam, -- sí, pero donde de brasil? Eu digo, de brasília, mas para os bolivianos e creio que pra maioria do mundo, brasilia é uma cidade desconhecida. A senhora nasceu em trinidad há 84 anos atraz, quando come{camos a conversar a conversa levou a que ela expressasse uma opniáo política, eu arrisquei perguntar o que ela achava do Evo, ela me olhou profundo, pensou quase dizendo, e soltou um mais ou menos, eu perguntei mais ou menos, ela confirmou dizendo sim, mais ou menos, e mudamos de assunto. Preferi assim, esse náo é assunto que se trata no ónibus indo para Trinidad saíndo de Santa Cruz, uma incognita política pra mim além do que eu sabia, prestes a ser um pouco decirfrada.

Depois do lango papo que eu e a senhora tivemos, dormimos o ónibus todo, o ceu estrelado forte. O último dos vários sonhos que tive, foi o que mais lembrei, foi o que mais vivi, e esse tenho que contar resumidamente para entender-se o todo da caminhanda pela miraculosa trinidad.

O sonho foi assim: Resumidamente: estava eu meio que deitado no mato, um mato amarelo de seca mas claro e umido de come{co de manhá. De repente chegou meu amigo malandro Andrés, de motoca vermelha, fui ver pensando feliz por ele ter comprado a Bros que ele planeja, daí logo depois eu vi que era sundown, daí eu disse que n{ao confiava muito, daí ele disse que ia pegar a outra depois, da{i tinha outra moto meio que caída e daí eu vi minha moto meio que j{a entrando num meio buraco e parando, daí ela tava meio que caída e lembrei no próprio sonho da troca de oleo que tenho que fazer quando voltar, daí apontei um problema na corrente meio torta, como se tivesse que trocar várias pe{cas, da{i tinha algumas motos ao redor, e daí logo em seguida acordei pela terceira e definitiva vez, havia agora sim chegado a trinidad.

A senhora acordou junto comigo, como nas duas paradas anteriores ainda noite, nesse momento o sol nascia vermelho resplandecente no horizonte nas costas do [onibus, consegui tirar uma foto e dará pra se ter uma idéia do qu{ao feliz estive sendo recebido na chegada e no come{co do dia por aquela imagem. Mostrei a foto do sol nascente pra senhora, ela adimirou, tirei uma minha e dela, chegamos felizes, nos despedimos, ela disse cuida-te.

Descendo da rodovi{aria caminhei em torno do quarteiróes de frente em busca de um hotelzinho, estavam todos os 2 que perguntei por 30 bolívianos e náo baixavam nada no valor, caminhei mais, logo me impressionei pela quantidade de motos que passavam por mim o tempo todo, caminhei uns 4 quarteir{oes, visualizando as motos, muitas bem velhinhas, lembrava do sonho, logo me espantei com mais um sonho que senti antes o que seria a realidade do dia. Decidi ent{ao parar um tio numa moto com uma plaquinha pequena escrito taxi, quanto até o centro, ele disse, 3 bolivianos, eu disse, náo tem como sair por 2, ele disse náo, fomos por 3. Pelo caminho várias motos, a cidade das motos acordava para seu sábado.
Desci na pra{ca, agradeci o tiozinho ao passeio de moto, o primeiro hotel que encontrei ao lado da pra{ca se chamava Paulista, perguntei qual era o mais barato para uma pessoa só, ele disse 30 pesos, perguntei se n{ao tinha como fazer por 25, ele disse que ao lado tinha um mais economico, que se chamava Brasilia.. Eu disse gracias, fiquei at{e feliz, sa{i pensando, claro, brasilia, paulista o qu{e, risos, quando cheguei no brasilia era os mesmo 30 no mínimo e muito precario, sujeito que me atendeu estranho, voltei mais feliz ainda pro seio paulista.. risos, me quedei no Paulista pelos 30 bolivianos, equivalente a 8 reais, a diária ia das 07 da manhá, a hora que entrei, até o meio dia do domingo, eu partiria a noite, tempo certim.
Deixei minhas coisas no quarto, que logo vi que a porta n{ao trancava, bastava empurrar forte ou abrir pela janela, mas sa{i despreocupado. Caminhei bastante pelas ruas, nunca vi tanta moto na minha vida, pensava caminhando, motos de todas as marcas e tipos, todo mundo tem uma motinha tipo bis, japonesas, chinesas, o transito sem leis, capacete é um negocio que nem se sabe o que é, as motinhas carregam toda a gente, vov[os e vov{os pilotando, com dois a tr[es netinhos na 110 cilindrada, familias de 4 e até cinco pessoas eu via passando nas motinhas, crian{cas de 8 anos em diante guiando, muitas levando os pais, caminhava e me admirava, em alguns momentos me senti dentro dum filme, mágico ver o quanto tinha tanta moto, carro, gente e tudo e nada dava errado, nos dois dias que passei a{i caminhando muito e vendo transito o tempo todo, n{ao vi um s{o acidente, nem minimamente uma batidinha, crian{cas recem nascidas, familias, todo o povo de trinidad tem uma moto.
Depois de caminhar quase 2 horas tomei um caf{e da manh{a no mercado municipal, pastel de queijo que em espanhol se chama empanada de queso com leite em pó e um poquinho dum tody mais fraco. Que ótimo, café da manh{a pra sarar o corpo, caminhada pesada de 5 noites diretas dormindo na estrada. Dalí fui ao hotel paulista, tomei um banho, que alivio, deitei um pouco na cama, meu corpo estava t{ao torto quanto o colch{ao, depois de meia hora acesso, dormi uma hora e acordei pulando da cama pra ir conhecer trinidad.
Caminhei pelo centro das 11 da manhá até as 15h, quando passando pela pra{ca um garoto sentado no banco disse, de donde erés amigo, eu disse brasil, perguntei o mesmo, ele disse do Peru, daí já sentei e come{camos a conversar.

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Pessoas queridas acompanhantes desses causos, infelizmente meu tempo de internet acabou e preciso embarcar para a fronteira da Bol{ivia com o Paraguai e dal{i cortar o pa{is at{e sua capital Assun{cao. Assim que ancorar paro para terminar de escrever o que foram os dois dias em Beni.
Partindo da bol{ivia, primeiro país da viagem, que tem morada eterna no meu cora{cao, povo sagrado que eu respeito, rumo a sentir o Paraguai, um incognita, partindo hoje, aos 25 anos, na poltrona 25, para chegar dia 25.


Desculpem pelos acentos, acento aqui é em outro lugar do teclado e to acostumado a digitar assim a tantos anos e to digitando táo rápido, depois com calma tento consertar os erros.

Besitos,
Diogo


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Voltando:

Daì conheci este amigo Peruano, passamos quase 1 hora aì no banco da praça conversando, ele me contando sua vida, eu contando a minha viagem e vida, daì ele me disse que para alugar uma moto saìa por apenas 12 Bolivianos, em reais, 3 reais e 50 centavos.. Aluguei uma moto, basta deixar um documento, saìmos rodando pela cidade, fui atè a casa do amiguinho na periferia de Trinidad, dalì seguimos rodando na motinha 110 cilindradas de marca HAONDA, sáo vàrias desse tipo em Trinidad, de vàrias marcas chinesas.
Depois de uma hora voltamos e aluguei por mais uma hora outra motinha, essa um pouco mais velha, uma biz que sò funcionava o motor, rodamos mais uma hora pelas ruas da periferia que è 90% da cidade, foi uma experiencia ùnica, de motoquinha eu era mais na multidáo das motos, deixava de ser gringo, pois quem náo è da Bolivia è explicito, os Bolivianos tem sua cara, como todo povo de cada paìs tem a sua, por mais difderenças que existam entre a cor da pele e etc, a cara do povo tà impregnado na alma coletiva.. Fomos tambèm no Lago que teme m Trinidad, um lago grande e bonito, com àguas marrom escuro, naum animei a nada porque jà eram quase 5 da tarde e começava a esfriar..
Depois retornamos, entregamos a motinha, peguei meu documento, fui tomar um banho no hostel paulista, e as 21 horas jà estava na praça central de novo, observando aquela diferente cidade boliviana das motos que náo sabiam parar..
A noite comprei duas garrafas de cachaça, eu e o amigo peruano bebemos, conversamo para danà, fomos a dois pontos das festas, um era uma praça, dezenas de motos iam parando, um ou outro carro parava e colocava um som alto, quanta moto meu deus..
Dalì pegamos uma moto taxi e fomos nòs dois mais o motorista na moto, andar de trës è de boa, vàrias vezes eu vi familias de 5 pessoas em motinhas de 100 cilindradas.. Nos saìu 4 pesos a corrida, cerca de 1 real e 50 centavos.. Fomos a um galpáo enorme rodiado de mesas e no fundo, a uns 4 metros de altura, uma banda tocava musicas bolivianas, quase que sem ser vista de táo alto e distante..
No meio fez-se um corredor onde as pessoas dependendo da mùsica tiravam as outras para dançar. Isso de dançar agarradinho è coisa de brasileiro, bolivianos e bolivianas dançam muito respeitosamente a alguns centímetros de distancia.
Chamei uma boliviana para dançar e ela se espantou.. Risos, jà náo sei dançar, ainda mais separado assim. Daì tomei mais umas com o amigo Peruano, ele me contou mais dos casos da sua vida de 19 anos, do pai que è narcotraficante no Peru e qu està preso desde que ele tinha 12 anos, da máe que morreu aos 13, da criaçáo com a avó, da entrada no mundo do crime, do refugio ao qual se encontra escondido nessa longingua terra da Bolivia, da filian que nasceu a dois anos no Peru, da vontade de regresar, das suas esperanças.
Depois disso me fui para o hotel, quando deitei na cama constatei que estava embriagado, escutei um som no outro quarteiráo, levantei e me fui atè o som, era uma discoteca, que por sinal estava muito cheia, entrei e fiquei 15 minutos saì e fui dormir definitivamente.
Acordei com uma resaca violenta, havia misturado cerveja, pinga e um wiski bem barato argentino. Fui a um mercado ao lado do hotel e comprei uma agua, tomei e dormi mais 2 horas atè ser acordado pelo amigo Peruano as 11h.. Estava completamente destruìdo. Tomei mais uns 3 litros dàgua, e alèm da resaca tive que aguantar a fome, pois levei cerca de 120 bolivianos no total, cerca de 35 reais para gastar na viagem toda a Beni, como gastei mais do que podia com Alcohol, o dinheiro da comida do domingo náo tinha.. Eu tinha apenas 50 reais de reserva para caso se pasase algo, porèm como era domingo, náo havia cambista e o ùnico que encontrei sò cambiava dólar e náo real.. Resultado foi que meu almoço foi àgua com 4 CUÑAPÈS, o nosso tradicional páo de queijo..
Ficamos eu e o amigo Peruano a tarde toda na praça, conversando, em silëncio por longo tempo, andando, foi o dia de sentir o domingo de Trinidad.
As motos que nunca param náo param mesmo, no domingo è dia de todo mundo ficar rodando a cidade e contornando a praça com suas motos, quadriciclos e etc.. Os rapazes paquerando as moças no tränsito, muitos pasma a tarde inteira andando de moto, gasolina é muito barato, mais ou menos 1,50 o litro.
Quando foi as 19h descobri que morava um brasileiro perto da praça e aì consegui cambiar os 50 reais, estava varado de fome, comi e aluguei uma moto e ficamos uma hora rodando a cidade toda, conhecendo os cantóes mais de trinidad e me despedindo..

Em seguida, termino de contar a historia de trinidad, e da Bolivia, cheguei no Paraguai, completei ontem 1 semana de viagem e quase 5 mil KMs rodados…

Em breve o fim da història da Bolivia, a historia da fronteira, e a caminhada aquí pelo Paraguai que tem sido Miraculosa!!!

Abrazos y Besos
Diogo


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que conto longo...

bom, daí eu e o amigo peruano rodamos mais ainda pela cidade, foi uma experiência e tanto conhecer a cidade, seus cantos, seus habitos e etc.. mais uma face da diversa bolìvia!
com as fotos entenderáo melhor pq é a cidade das motos que náo sabiam parar.

Quanto a questáo política, vi que apesar dos governantes e latinfudiários do estado de Beni serem contra Evo e o processo de mudança em curso no país desde 2005, o povo mesmo apoia as transformaçóes simbolizadas pelo primeiro indigena a ser eleito presidente.
Evo é a pròpria representaçáo do povo.
80% da populaçáo da Bolìvia è Indigena, sendo 60% da popualaçáo indigenas originarios, que vivem no solo boliviano desde antes dos espanhois chegarem por aí. Apenas 15% da popualaçáo da Bolivia sáo descendentes de Espanhois e mestiços.

É isso, foi uma grande experiëncia conhecer Trinidad.
Abrazos,
Diogo

Beni - Trinidad

Olà,

Estou voltando hoje a Santa Cruz de La Sierra, aqui no departamento Beni e sua capital Trinidad foi irado, vivi dois dias táo intensos aqui que mais pareceram 2 semanas.. Amanhá chegando em Santa Cruz escreverei um resumo do diàrio da viagem das experiëncias sentidas aqui nessa terra longingua e isolada de tudo.
Muita foto loca também, mas essas váo precisar de tempo para serem postadas e isso è o que menos tenho tido.. Das 6 noites que completam hoje de viagem, sò ontem dormi numa cama, foram 4 noites durmindo em önibus e uma em trem, amanhá parto da Bolìvia rumo ao Paraguai.. Hj e amanhá as noites tambèm seráo em önibus, o cansaço deveria estar se abatendo muito forte, mas sáo tantas imagens inèditas e momentos se passando que o corpo e a mente nem se lembram de cansar!
Nesse mesmo tòpico conto a viagem de Beni, amanhá!
besitos,
Diogo

Histórico de Viagens

Para quando eu me referir a primeira viagem a Bolívia, segunda viagem...., vou explicar abaixo o histórico das viagens que já fiz para ficar claro o que e como foram essas viagens.

Do nosso Brasilzáo cabuloso de grande e de lindo conheço uns mais, outros menos, 18 estados, um dia conhecerei mais mais todos!!!!

Primeira viagem para fora do Brasil:

destino: Bolívia

tempo de caminhada: Saída de Brasília no dia 23 de Dezembro de 2007 e retornando no dia 15 de Janeiro de 2008 - 23 dias no total.

trajeto levado pelos ventos: Brasília - Campo Grande - Corumba - Puerto Quizaro - Puerto Soares* - Puert. Quijaro - Roboré(reveion) - Santa Cruz de La Sierra - Cochabamba - Sucre - Potosi - Sallar de Uyuni - Oruro - La Paz - Oruro - Cochabamba - Santa Cruz - Fronteira, Corumba, Campo Grande e Brasília.

pra se ter idéia do quanto é muito mais barato viajar pela américa do sul do que no Brasil, o gasto total foi de R$900,00 , ida e volta saíndo de brasília, ainda comprando ropa e até um celular usado simpleszinho pra tirar as únicas fotos que tenho dessa viagem.. Mais ou menos 8 Mil KMs.

Segunda viagem:

destino inicial: Bolívia e Amazônia

tempo de caminhada: saída dia 12 de Dezembro de 2008 retornando dia 02 de Fevereiro de 2009 - 2 meses

trajeto levado pelos ventos: Brasília - Campo Grande - Corumba - Puerto Quijaro - Santa Cruz - Tarija - Fronteira Bolívia - Argentina - Cordobá - Argentina (passei o natal) - outra fronteira Argentina - Bolívia - Tupiza - Sallar de Uyuni (até a fronteira com o chile) Uyuni - Oruro - La Paz ( onde passei a virada do ano ) - Fronteira Bolívia - Peru - Arequipa - Mollendo ( litoral do Peru, conheci o Oceano Pacífico ) retorno a Bolívia - La Paz - Beni Guayaramirim - Fronteira Bolívia - Brasil - Guajaramirim - Porto Velho - Manaus - Santarem - Belém do Pará (Fórum Social Mundial )- Brasília

peguei meu seguro desemprego e vazei, gasto total de 2 meses pra rodar cerca 20 mil KMs: R$1.800,00

Terceira viagem:

A caminhada atual que teve início dia 18 de Agosto de 2009, a idéia inicial é ir para a Bolívia primeiramente e conhecer um cantinho do Sul da Bolívia que ainda não conheço, conhecer o Paraguai e depois o Uruguai, chegando e ficando um tempo de um mês ou um pouco mais, estudar várias coisas e em Outubro seguir a viagem para o Chile, depois o Norte da Bolívia para conhecer o estado de Pando, no norte da Bolívia que ainda não conheci, depois entrar no Brasil pelo Acre e seguir pelo Peru - Equador e sua capital Quito ( onde pretendo passar a virada do ano ) - Colómbia - Venezuela - e se eu conseguir o barco humanitário que saí da Venezuela rumo a Cuba, conhecer a revolucionária ilha.. Isso programado para final de janeiro de 2010, quando a viagem chega ponto de começar a descer voltando, retornando de carona por todo o Brasil, penso em passar o Carnaval com meus irmáos e irmás de Brasília em Pernambuco.

Esse é mais ou menos o plano, mas, dificilmente os rumos dos ventos da vida coincidem com os dos nossos sonhos, seja o que a caminhada indicar!!!

os recursos: juntei um dinheirinho do meu último trabalho pra ser dividido nos meses, alguns amigos estáo me ajudando mandando ajudinhas, minha máe tb, tudo junto tá dando 700,00 reais por mês durante esses 7 meses de caminhada.. viagar pela américa do sul está bem em conta, nossa moeda tá valorizada, caminha-se muito com pouco dinheiro.

informaçóes para ajudar no entendimento da história de caminhadas até essa terceira e maior caminhada.

abrazos
Diogo

Na Bolìvia

Olà pessoas queridas,

Náo estranhem os acentos, o teclado aqui è diferente.. Estou em Santa Cruz de La Sierra, cheguei hoje (21) de manhá depois de viajar 22 horas de Brasìlia a Campo Grande, esperar por outro önibus mais 6 horas, viajar mais 7 horas de önibus, esperar mais umas 10 horas pelo trem, e seguir 17 horas de trem de Puerto Quijaro atè aqui Santa Cruz.. Resumindo, foram 3 dias de viagem, trës noites dormindo entre önibus e trem, na fronteira tive problemas com a policia da fronteira que contarei em breve, conheci dois brasileiros super gente boas do Espirito Santo na fronteira e viajamos juntos de ontem atè hoje quando logo mais nos separaremos..
Eles seguem para Sucre e eu sigo hoje para Trinidad, capital de Beni, a oitava capital da Bolìvia que conhecerei, faltando apenas Cobija, capital de Pando fronteira com o Acre que passarei em Dezembro quando estiver subindo o continente.
A estrada de terra està bloqueada e a viagem promete ser tensa, Beni e Santa Cruz fazem parte dos estados que compóe a chamada Meia Lua da Direita Boliviana, no domingo retorno de trinidad para sant. cruz, e na segunda parto para o Paraguai, contarei a història completa do que aconteceu nessa caminhada assim que sair da Bolìvia, por questáo de segurança, foi um começo tenso.
Muita emoçóes na Bolìvia, Coraçáo da Amèrica do Sul.
Besitos y Abrazos,
Diogo

A Odisséia Começou

Ontem dia 18 do mês 08 do ano 09 teve inicio essa grande caminhada.
O ônibus saíu às 19:30h de Brasília e cheguei às 17:00h aqui em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Às 23:00h de hoje tomo outro ônibus rumo a Corumba, cidade que faz fronteira com a cidade de Puerto Quijaro - Bolívia, chego às 06 da manhã por lá.

A viagem foi tranquila, em alguns momentos só havia eu dentro do ônibus, o mesmo veio extremamente vazio. Passando pelo interior de São Paulo, muita chuva, e cruzando o imenso Rio Paraná que divide SP de Mato Grosso do Sul pude visualizar os pântanos avistados nas duas viagens que fiz a Bolívia em Dezembro de 2007 e Dezembro de 2008, agora imendaram com o grande Rio de tanta chuva.

A leitura inicial da viagem foi o "Primeiras Estorias" do velho Rosa, e o conto inaugural lido foi o "A Terceira Margem do Rio" que encheu de emoção carregada de sensibilidade os primeiros momentos dessa viagem. Recordei um dos papos de despedida que tive com meu amigo Fernandão, na simbologia dessa terceira margem como o Ser Humano, e sentindo o conto, percebi mais da simbologia do meio do rio, o rio como a nossa vida, as margens como inicio e fim da travessia, recomendo a leitura para entender-se melhor o que quero dizer!

Os sentimentos inicias são de muita espectativa, meu discman de 7 anos de idade estragou e estou viajando sem som, mas na minha cabeça tocou durante toda a viagem a música do Belchior "Pequeno mapa do tempo" que fala do medo. O medo visita nessas circunstâncias solitárias, mas não deixa lembrança, viajar sozinho, fora de temporada, ainda não falando fluente o espanhol é sempre perigoso, mas como diz o Riobaldo, "Viver é Perigoso" e noís segue em frente confiando nas vibrações positivas e nos anjos que sempre cruzam o caminho dos viajantes para os ajudar.
Amanhã dia 20 pela manhã o re-encontro com a amada Bolívia, a meta é ir a Santa Cruz de La Sierra e circundar esse que é o maior e mais direitista estado da Bolívia, que assassinou o Che e que representado pelos Latinfundiários tenta impedir a revolução em curso dos povos indigenas da Bolívia. Falamos da Bolívia na próxima parada, dalí entro no Paraguai daqui uns dias, para cruzar seu interior de uma ponta a outra, de lá rumo ao Uruguai e Argentina.

A idéia do blog é essa, ser um resumo do meu diário de viagem! De quando em quando, postarei também fotos da caminhada!
Besos y Abrazos,
Diogo

Em breve

Olá!

Em breve esse meu primeiro blog, criado com o intuito de compartilhar as vivências e conhecimentos absorvidos na viagem que farei pelos povos da América do Sul nos próximos 7 meses, entrará no ar.

A viagem se inicia na próxima semana, saíndo de Brasília rumo a Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. Hasta Cuba, em Janeiro de 2010!

Beijos e Abraços,
Diogo